Casas trazem sabor da culinária texano-mexicana a BH

Espaços oferecem petiscos e pratos da cozinha do Texas e do Norte do México

por 04/07/2014 10:01
André Hauck/Esp. EM/D. A Press
ORestaurante Mariachis, aberto há três semanas no Anchieta, aposta na comida Tex-Mex e oferece shows aos clientes (foto: André Hauck/Esp. EM/D. A Press)
Se Belo Horizonte, com seus 2, 4 milhões de habitantes já era bem servida de bons restaurantes representantes da culinária internacional, como a francesa, portuguesa, japonesa, argentina, indiana, entre outras, recentemente vieram se juntar a eles duas outras casas, estas especializadas na chamada cozinha Tex- Mex, ou seja, oriunda do Texas, nos Estados Unidos (estado que já pertenceu ao México), e à mexicana tradicional, sobretudo do norte: O Si Señor, inaugurado em dezembro, no BH Shopping, e o Mariachis, aberto há três semanas na Rua Rio Verde, no Bairro Anchieta.


Com 16 unidades espalhadas por São Paulo, onde a rede foi criada em 2007 pelo empresário Eli Abada (ele viveu muitos anos nos EUA), São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Campinas, entre outras, o Si Señor, de BH, é um típico restaurante de shopping, com espaço bastante amplo e capacidade para receber confortavelmente cerca de 250 pessoas.

Quanto à decoração, ela é despojada: os assentos são confortáveis e a luz é baixa. Soma-se a isso o fato de o restaurante estar localizado no “nível Nova Lima” e oferecer, ainda, aos clientes certa privacidade, nem sempre possível em ambientes de shoppings. A trilha musical, com o som na medida, traz variedade de rock e blues, no melhor estilo de norte-americano. Música de origem mexicana, não é tocada.

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Tacos, steak burrito, prato do Takos, lanchonete da Savassi (foto: André Hauck/Esp. EM/D. A Press)
Ainda no quesito decoração, fora um mural fixado na parede dos fundos, no qual pode-se ver motivos que lembram o país de Pancho Villa e Emiliano Zapata, com desenhos de cactos, dos terríveis escorpiões do deserto, e das conhecidas caveiras, presentes nas festas tradicionais, nada mais remete a “El México”.

A não ser a boa comida, logicamente. Com todos os ingredientes produzidos em São Paulo, de acordo com a gerente Greiciam Pimenta, que está na casa desde à sua inauguração, no almoço, por exemplo, os clientes podem optar por um tradicional burrito norteño, composto de tortilla de trigo recheada com carne de taco, ou frango margarita, feijão com cheddar, arroz mexicano, pico de gallo, e salsa de tomate. Servido com guacamole, e uma salada de entrada, o prato, individual, sai a R$ 24.

Outro prato muito pedido, de acordo com o garçom Wanderley Clemente, é o California dream taco. Vem com camarões salteados e tiras de abadejo empanado com salada coleslaw, pico de galo e um toque de limão no flat bread tostado, e sai a R$ 28,80. Outra opção, ainda para o almoço, pode ser o Texan kebab: espeto grelhado com 150g de frango ou filé mignon, cebola, pimentão e tomate, servido sobre flat bread e acompanhado de molho tex-mex. Sai a R$ 24,80, com frango, e R$ 32,80, filé mignon.

Nachos e fajjitas Em relação aos petiscos, que podem ser acompanhados por um chope gelado, que tem ajudado a fazer a fama da casa, por coquetéis diversos, ou então pelas tradicionais margueritas, drinques feitos com tequila, e a preços que variam de R$ 22, a R$ 26, as pessoas podem pedir os típicos Nachos supreme. Gratinados, cobertos com frijoles, queijo cremoso, azeitonas, guacamole, sour cream e pico de gallo, com acompanhamento de salsa caliente, a porção é farta, e sai R$ 36, a pequena, e a grande, R$ 54.

Outro tira-gosto que faz sucesso na casa é o broder bbq nachos (nachos chips gratinados cobertos com machaca, frijoles, queijo cremoso, molho berbecue e jalapeños). Acompanha sour cream, e custa R$ 46. Não dá para deixar de provar as fajitas, servidas em chapas fumegantes e com preços que variam de R$ 64 a R$ 86 (as porções), e ainda os famosos tacos, com preços entre de R$ 32 e R$ 42, e servem a duas ou mais pessoas.

Boa pedida entre as sobremesas, de acordo com a gerente Greiciam Pimenta, é o aplle crunch, crust de maçã e nozes, servida com sorvete de creme e calda de caramelo (R$ 19). E ainda os tradicionais churros – a porção de minichurros, que acompanha doce de leite ou calda de chocolate, custa a R$ 10.

A gerente conta ainda que, quase sempre, o dono da rede, Eli Abada, vem de surpresa a Belo Horizonte, para conferir como vão indo as coisas no restaurante. “Ele inspeciona todos os pratos”, diz.

 

Palco animado

 

Quem também está sempre presente na casa, no melhor estilo “é o olho do dono que engorda o boi”, é Guilherme Pires, que na companhia dos sócios Humberto Machado e Miguel Pereira inauguraram em BH, há três semanas, uma nova casa “mexicana”, Los Mariachis. Com capacidade para 300 pessoas e projeto assinado pelo escritório G + G, do qual Guilherme é um dos sócios, Los Mariachis diferencia-se do Sin Señor pelo fato de não ser um restaurante, mas um bar que também serve pratos e petiscos típicos do México, além dos tradicionais coquetéis e bebidas do país de Frida Kahlo e Miguel Aceves Mejia.

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Si Señor Texas trio, prato servido na casa do BH Shopping (foto: André Hauck/Esp. EM/D. A Press)
De acordo com Guilherme Pires, de 30 anos, mineiro de BH e arquiteto formado pela UFMG, a proposta dele e dos sócios – além do fato de a cidade não ter espaço voltado para a “balada mexicana” – foi a possibilidade de oferecer ao público mineiro uma experimentação musical, com bandas se apresentando ao vivo, de terça a sábado.

 “Independentemente do nome, Los Mariachis, na realidade, não nos remete somente ao México, e sim a toda a América Latina, sobretudo no item música, com bandas apresentando sons de diversos países, além do melhor do rock e do blues americanos. Entre as bandas que se apresentam na casa está a Brascubazz, integrada por músicos cubanos; Orquestra cubana, Union Latina, e Tempero som cubano”, diz Guilherme. Ele também assinou a decoração da casa, leve e de muito bom gosto.

Quanto à culinária, também no estilo Tex-Mex, o responsável é o chef Humberto Machado, 40 anos, outro mineiro de BH. Com experiência em cozinha internacional, formado pela escola do Hotel Ritz, de Paris, ele diz que a tendência da casa, neste segmento, é oferecer o melhor dos pratos típicos que podem ser encontrados em boa parte do México, e nos estados americanos fronteiriços com o país, como os tradicionais burritos, quesadillas, tacos, e fajitas, cujas porções, que servem bem a duas pessoas, variam entre R$ 32 e R$ 68.

Já os tacos, que não podem faltar numa boa mesa mexicana, saem em média de R$,12,90 a porção, enquanto os preços dos burritos variam entre R$ 15 e R$ 18. Uma porção de costela a barbecue, que vem acompanhada de batatas fritas, sai a R$ 48, e a fritas Los Mariachis, batatas fritas gratinadas ao creme de cheddar e queijo parmesão, fica em R$ 24. Entre os coquetéis, o purgatório, feito com limão siciliano, vodca, açúcar, canela em pau e mel, está fazendo o maior sucesso (R$ 16, 50). Já as doses de tequila, de marcas variadas, ficam entre R$ 11,90 e R$ 18. A casa oferece outros tipos de bebidas: cervejas, refrigerantes, sucos e destilados diversos.

ONDE IR

Los Mariaches

Rua Rio Verde, 253, Anchieta, : (31) 3075- 1763. Aberto de terça a sábado, das 19h ao último cliente. Entrada: às terças, de graça; quartas, R$ 12; quintas, R$ 18, e sextas e sábados, R$ 20.

Sin Señor
BH Shopping, 2º piso, (31) 3264.1646. Aberto de segunda a sábado, das 12h à meia-noite; domingos e feriados, das 12h às 22h. Informações: www.sisenor.com.br.

Takos
Rua Antônio de Albuquerque, 448, Savassi, (31) 3286-2525. Aberto de terça a sábado, das 11h às 2h30; às segundas, das 11h às 15h; e aos domingos, das 17h à meia-noite.

Taqueria
Rua dos Geólogos, 505, Alípio de Melo, (31) 3017-0505. Aberto de terça a sábado, das 18h às 23h.


Show hoje
Quem está prometendo música de primeira qualidade hoje, no Los Mariachis, a partir das 23h, é a banda de Belo Horizonte The Unpluggeds, que apresenta hits de rock internacional, rearranjados em versão acústica. É formada por Daniel Mazzochi, voz, violão e ukulele; Rufino Silvério, teclado; Fábio França, violão; Marcelo Mercedo, foz e violão; Paulo Henrique Braga, bateria, e Daniel Debarry, no baixo. 

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