Casas comandadas por Massimo Battaglini diversificam cardápio

Chefe italiano vive em Belo Horizonte desde os anos 1990. No começo o foco era a cozinha italiana, hoje, trabalha com cozinha diversificada e até chef argentino para ajudar na produção

por Eduardo Tristão Girão 13/06/2014 08:11
Fotos: André Hauck/Esp. EM/D. A Press
Frango assado com guarnições, novidade no almoço de domingo da Salumeria Central (foto: Fotos: André Hauck/Esp. EM/D. A Press)
O restaurateur italiano Massimo Battaglini chegou a Belo Horizonte em 1998, quando tinha 23 anos, após viagem aventureira pela América do Sul. Abriu no ano seguinte a Osteria Mattiazzi, que se tornou uma das referências na culinária de seu país natal na cidade. De dois anos para cá, ampliou sua atuação com o bufê Club do Chef e duas casas interessantes na Rua Sapucaí, Salumeria Central (queijos, embutidos e carne de porco) e Pecatore (peixes e frutos do mar). Além disso, anuncia inauguração do Manganelli (que será franco-italiano) no hotel InterCity Premium, no Luxemburgo.


Portanto, com tantas responsabilidades acumuladas, era esperado que, além de arranjar sócios para administrar, Battaglini começasse a delegar também em suas cozinhas. Isso começou oficialmente ano passado, com a chegada do argentino Sergio Milo a Osteria Mattiazzi, e continua no Pecatore, onde recentemente foi contratado o italiano Raffaele Autorino. Já na Salumeria, que conta com novidades no almoço de domingo, o objetivo agora é colocar mais à frente os chefs Joaquim Filho e Carlos Santana.

De todos eles, Autorino foi o único que tornou-se sócio - do Pecatore, no caso. “Ele sabe gerir a cozinha e ganha a brigada não só por saber fazer, mas por fazer também”, elogia Battaglini. Sua especialidade é a culinária mediterrânea e, em especial, peixes e frutos do mar: ultimamente, o grande balcão de gelo da casa tem sido abastecido com itens como lagosta, minipolvo, cavaquinha, ostra (terças e sextas), lagostim e, ocasionalmente, caranguejo gigante. A casa está tentando importar abalone (tipo de molusco) do Chile. Há novos pratos de inverno, como o creme de abóbora ao tomilho com lula (R$ 33, individual).

Domingueira Já na Salumeria Central, a aposta é dar cara mais familiar ao almoço de domingo. Para isso, foi instalada no salão uma TV de cachorro (frangueira, para alguns) na qual são assados frango (R$ 25, meio; e R$ 40, inteiro) e corte que inclui costelinha e barriga de porco (R$ 30, 400g; e R$ 48, 700g) - ambos são servidos com maionese e farofa. À parte, é possível pedir macarronada gratinada (R$ 29), espaguete ao molho de tomate (R$ 29), tutu (R$ 20), arroz (R$ 5) e batatas rústicas (R$ 18); todas as porções servem duas pessoas.

Ravióli Nascido na Argentina e criado na Itália, Sergio Milo teve experiências em restaurantes do norte do país europeu antes de desembarcar em BH, ano passado. “Ele faz comida bem delicada, sem depender de ingredientes caros, pois a região do Friuli não é conhecida por isso. Usa-se por lá queijos, aves e peixes pequenos, cogumelos e faz-se milagres com batata e cebola”, resume Massimo Battaglini. É de Milo o novo Prato da Boa Lembrança da casa, o ravióli feito de batata com recheio de ervilha servido com molho de minilulas (R$ 65, individual).

>> ONDE IR

OSTERIA MATTIAZZI

Rua Soledade, 28, Santa Efigênia. (31) 3481-1658. Aberto de terça a quinta, das 19h à 0h; sexta, das 19h à 1h; sábado, das 12h às 17h e 19h à 1h; domingo, das 12h às 17h

PECATORE
Rua Sapucaí, 535, Floresta. (31) 2552-1450. Aberto de terça a quinta, das 19h à 0h; sexta, das 19h à1h; sábado, das 12h30 à 1h; domingo, das 12h30 às 17h.

SALUMERIA CENTRAL
Rua Sapucaí, 527, Floresta. (31) 2552-0154. Aberto de segunda a sábado, das 11h30 à 1h; domingo, das 12h às 17h.

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