Argentino Porteño Central serve pratos do cardápio de quem vive em Buenos Aires

O restaurante, que fica no centro, mistura influências italianas e espanholas

por Eduardo Tristão Girão 26/07/2013 06:00
André Hauck/Esp. EM/D. A Press
Milanesa e flã misto (foto: André Hauck/Esp. EM/D. A Press )
O novo restaurante argentino de Belo Horizonte, Porteño Central, surpreende por não ser uma parrilla nem uma casa de empanadas, para ficar nos dois exemplos mais previsíveis. Apesar de ter alguns sabores de empanadas e apenas um bife de chorizo (preparado na chapa) no cardápio, a especialidade da casa é a comida caseira de Buenos Aires. Entre milanesas, flã de doce de leite, vinhos e cervejas importadas, a ideia é reproduzir no Centro o que realmente comem e bebem os portenhos.

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“Investimos na comida do dia a dia de Buenos Aires, que mistura influências italianas e espanholas. Não é só carne. São receitas simples, sinceras e benfeitas. Focamos na comida que sabemos fazer sem inventar muito. Este não é um restaurante para vir uma vez por mês, mas várias vezes por semana. Em termos de preço, tentamos competir com outras casas da região”, explica o argentino Sergio Linos, que comanda a casa ao lado do conterrâneo Heristo Lailhacal.

Os dois têm experiência no ramo e se conheceram durante curso técnico de cozinha no país natal. Enquanto Sergio deixou para trás emprego e dois restaurantes de sua família (um japonês e outro tailandês), Heristo encerrou na capital mineira temporada de trabalho em cozinhas europeias e australianas. O imóvel escolhido pelos dois é o mesmo que abrigava o extinto espanhol Mediterrâneo: pequeno, comporta não mais que seis mesas internas, além das quatro na calçada. Fotos do papa Francisco e do jogador Messi estão na parede.

Bifes Sobre a comida, não é nada assim tão diferente, mas não deixa de sair do lugar-comum. A começar pelas entradas e picadas (tira-gostos), que não são as mesmas de um boteco ou restaurante simples brasileiro. Entre elas, vitello tonnato (fatias de lagarto bovino cozido ao molho de atum e alcaparras (R$ 12), tortilha de batata (R$ 14), escabeche de berinjela (R$ 7) e língua ao vinagrete (R$ 8).

As empanadas também estão presentes nessa seção do cardápio (R$ 5). Há sempre nos sabores carne, frango, milho e muçarela com cebola (ocasionalmente, outros sabores são oferecidos). Os recheios são preparados no local, mas a massa, que segue receita dos proprietários, é encomendada de pequena fábrica na cidade. “A massa precisa ser elástica e firme, para ficar crocante depois de assada”, ensina Sergio.

Entre os 12 sanduíches, destacam-se os feitos com bifes à milanesa de boi, porco ou frango (a partir de R$ 14, cada) e os hambúrgueres caseiros (a partir de R$ 15, cada) – pagando-se acréscimo, é possível incluir no pedido batatas fritas. Há, ainda, dois sanduíches clássicos argentinos: o choripán (linguiça com molho chimichurri; R$ 9) e a bondiolita al limón (bife de lombo suíno ao limão com chimichurri; R$ 12).

Todos os dias há três opções de prato para o almoço (entre R$ 15 e R$ 20, cada), o que não anula as pedidas à la carte, que incluem PFs portenhos como bife de porco com cebola, ervilha, ovo frito e batata frita (R$ 28), filés à parmegiana de boi, porco ou frango (R$ 25) e guisado de lentilhas com carnes e embutidos (R$ 16) e massas (R$ 15). Para sobremesa, flã de doce de leite (R$ 7) e alfajor (R$ 4,50) são algumas das opções. As lagers Quilmes (R$ 19, 970ml) e Patagonia (R$ 25, 740ml) são as duas cervejas argentinas disponíveis (o chope Krug sai por R$ 4,50); há 20 vinhos argentinos (entre R$ 36 e R$ 65, garrafa).

Porteño Central
Rua Guajajaras, 1.021, Centro. (31) 3273-0658. Aberto de segunda a sexta, das 11h30 às 15h e das 18h à 0h; sábado, das 11h30 à 0h.

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