Chef Paulo Vasconcellos, do Benvindo, abre casa especializada em massas e receitas italianas

Osteria Gusto tem proposta mais informal, mas não é boteco

por Eduardo Tristão Girão 21/09/2012 09:38
Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press
(foto: Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press)
Todo dono de restaurante quer ter um boteco. Se não é verdade, ao menos é o que acredita o chef Paulo Vasconcellos, proprietário do Benvindo, que acaba de abrir outra casa em Lourdes. Ainda que o clima seja mais descontraído e estejam presentes cerveja em garrafa de 600ml e petiscos (de acento gourmet), não é um bar, mas um restaurante menos formal, especializado em massas e outras receitas italianas (o chef é de lá). Não por acaso, chama-se Osteria Gusto. Leia mais sobre gatronomia no Blog do Girão A palavra italiana osteria originalmente se refere a estabelecimentos simples, com comida a preço baixo – o oposto do ristorante, que tem ambiente mais fino e preços mais altos. No caso do novo restaurante, os preços de pratos individuais não passam de R$ 40 (à exceção de apenas um). Nenhuma das mesas está coberta com toalha (apenas 40 lugares) e sobre todas há taças de vinho. São 25 rótulos, todos da importadora Mercovino: não que sejam baratos, mas a maioria fica nas casa dos R$ 60 ou R$ 70. “Quando montamos o Benvindo, pensávamos mais num bar do que num restaurante. Começamos a construí-lo no São Pedro, mas desistimos. O novo ponto fica perto de hotel, não tem vizinho para reclamar de barulho e tem ponto de táxi na porta. Fora a visibilidade da Avenida do Contorno”, afirma Paulo, que tem como sócios Gustavo Viana e Márcio Roscoe. Todas as massas são produzidas pela Bravo, empresa de catering de Paulo, e os pães estão a cargo de Leo Mendes (chef do restaurante Ah! Bon). A pequena loja não tem mais que cinco metros de fachada e espaço interno pequeno, com metade das mesas na calçada. A cozinha ocupa a mesma área e fica no subsolo, acessível por minúscula escada caracol. É lá o domínio do italiano Fabrizio Rota, chef que assina o cardápio com Paulo. São dele receitas como a do risoto de cogumelos porcini com fígado de galinha marinado no vinho tinto (R$ 36) e também passam por suas mãos preparos clássicos como os das massas à carbonara (R$ 28) e alfredo com paillard (R$ 38). Entre as outras criações estão o ravióli de siri picante com leite de coco ao molho de tomate (R$ 36), o polpetone (feito com fraldinha e tutano) gratinado com batata baroa palha e arroz (R$ 38) e o mexidão, feito com arroz, feijão fradinho, ovo, couve e barriga de porco cozida a baixa temperatura (R$ 29). Para sobremesa (R$ 16, cada), tiramisù, semifreddo de amêndoa com calda de morango e affogato (bola de sorvete de paçoca no café) são algumas das opções. Tira gosto A seção de petiscos reflete não apenas o perfil gourmet dos proprietários, mas também algumas de suas predileções pessoais. Melhor exemplo disso é o pastel de camarão (R$ 7, unidade). “É das melhores petiscos que existem. Minhas referências de receita são as dos restaurantes La Plancha e Nomangue”, justifica Paulo. Feita pela mãe dele, Maria José Maciel, a casquinha de siri é gratinada com queijo e sai por R$ 8 (cada). Das porções que chamam a atenção, destacam-se as de arancini (bolinho de risoto) de queijo canastra com limão siciliano (R$ 16, oito unidades), rabada ao molho de tomate com polenta mole (R$ 18), linguiça de pernil ao creme de leite com sálvia (R$ 25), língua ao molho de cogumelo seco  (R$ 19), costelinha ao rôti de goiabada (R$ 28) e polpetini recheado com queijo de cabra ao molho de tomate e manjericão (R$ 23). A cerveja sai por R$ 7 (600ml) ou R$ 5 (long neck). Gusto Osteria Rua São Paulo, 2.632, Lourdes. (31) 3337-7543 e (31) 8820-2345. Aberta de segunda a sábado, das 18h ao último cliente.

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