Mercearia 130 inova com cardápio variado a preços acessíveis

Liberade de escolha e conforto são características marcantes do bar, recém-inaugurado na Serra

por Eduardo Tristão Girão 08/06/2012 07:00
Fotos: Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press
Bacalhau grelhado com batata ao murro, legumes e azeitona (foto: Fotos: Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press)
Em algum momento, os sócios da recém-inaugurada Mercearia 130 chegaram a pensar em abrir uma mercearia de verdade. Entretanto, optaram por um bar – ou melhor, “um bar onde a gente possa comer como se estivesse num restaurante”, como define Raoni Ribeiro. Ele não se refere à toalha na mesa ou ao serviço pomposo, muito menos discrimina petiscos simples. Quer apenas a liberdade de poder servir torresmo, ostra, cerveja e vinho no mesmo local. E sem “assaltar” o freguês.
“O que achamos interessante fazemos aqui”, explica Raoni, que comanda a Mercearia 130 com Rafael Campos e os irmãos Franco e Marco Lucchese. Mineiros, os dois primeiros se conheceram durante curso de cozinheiro no Hotel Senac Grogotó, em Barbacena. Reencontraram-se em Belo Horizonte quando Raoni trabalhava para montar a Mercearia Djalma, bar onde cozinhavam Franco e Marco, vindos do interior de São Paulo. 
O quarteto reformou o imóvel de 80 metros quadrados, na Serra, onde funcionava um bar que servia frango frito. São 70 lugares, sendo 20 na calçada, onde a muda de orapronóbis já se entrelaça com uma árvore. O salão interno ganhou piso de cimento queimado amarelo, mesas de madeira e decoração com objetos das casas dos sócios. Sob o banco inteiriço encostado na parede está parte do estoque de bebidas.
O balcão de sete metros tem vidro e banquetas, permitindo acompanhar todo o trabalho na cozinha. Acima e abaixo dele, o espaço foi transformado em estoque seco e câmaras frias. Como a área é reduzida, a logística de abastecimento prevê entregas mais frequentes de alimentos frescos – frutos do mar chegam às terças e quintas. A casa tem pequenos produtores entre seus fornecedores.
“Não é porque em Lourdes vendem risoto de polvo por R$ 50 que não posso vender o daqui por R$ 21”, observa Raoni. Com o molusco, a cozinha também prepara ceviche (envolvido com tilápia, cebola roxa, limão e pimenta dedo de moça; R$ 15) e a panelinha com batata, tomate, cebola roxa, saquê e páprica (R$ 15). Ambos servem de entrada.
DIA E NOITE Na seção de petiscos, destacam-se as porções de rã empanada com maionese de pepino e alcaparra (R$ 27) e de torresmo de costelinha (inclui o osso; R$ 21), cujo preparo envolve, além de fritura, cocção em baixa temperatura por quatro horas. Há também trivialidades, como salgados (porção a R$ 16, em média), maçã de peito (R$ 24), miolo de alcatra serenado com mandioca na manteiga de garrafa (R$ 28) e trio de linguiças (de cordeiro e de pernil suíno fresco e semidefumado; R$ 21).
Há pratos do dia (individuais, de R$ 16 a R$ 25), servidos no almoço e no jantar: uma carne (pode ser bife ancho, truta, picanha ou salmão, entre outras), arroz, feijão, salada e guarnição extra (purê, massa, polenta etc). Outras opções: risoto de carne seca, queijo minas e couve (R$ 18) e bacalhau grelhado com batata ao murro, legumes e azeitona (R$ 38), ambos para uma pessoa. Há feijoada aos sábados (R$ 18,90 por pessoa, à vontade).
Por encomenda, quatro pessoas podem dividir uma paleta de cordeiro com arroz, salada e molho chimichurri (R$ 79). A carta de vinhos lista 10 rótulos da importadora Premium, todos em torno de R$ 40 (garrafa). Cervejas são todas da marca mineira Bäcker: chope a R$ 4,50 e demais rótulos em torno de R$ 6 (long neck).
 
MERCEARIA 130
Rua Ivaí, 130, Serra. (31) 3658-3395. Aberto de terça a sexta, das 11h30 à 0h; sábado, das 12h à 0h; domingo, das 12h às 17h. 

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