Uber afasta motorista acusado de estupro por Clara Averbuck

'A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres', diz a empresa, em nota, após denúncia da escritora em seu Facebook

por Estado de Minas 28/08/2017 17:09

Reprodução/Twitter
Depois do ocorrido, Clara diz estar em casa e já ter recebido cuidados médicos (foto: Reprodução/Twitter)
A escritora Clara Averbuck publicou nesta segunda-feira, 28, um relato em sua página no Facebook em que afirma ter sido estuprada por um motorista do serviço de transporte privado Uber

 

Após o texto ganhar grande repercussão, com mais de 1,4 mil reações, a empresa se manifestou em nota e afirmou que o motorista foi banido da plataforma: "A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. O motorista parceiro foi banido e estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações.  Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher".  Em seu perfil do Twitter, a escritora também disse que está em contato com a Uber.

 

No relato, Clara conta que: ''o nojento do motorista do Uber aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena e enfiou um dedo imundo em mim, ainda pagando de que estava ajudando 'a bêbada'''. 

Depois do ocorrido, ela diz estar em casa e já ter recebido cuidados médicos. ''Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa delegacia da mulher ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem que provar. Não quero impunidade de criminoso sexual mas também não quero me submeter à violência de Estado. Justamente por ter levado tantas mulheres na delegacia é que eu sei o que me espera. Estou ponderando.''
 
'Estou com o olho roxo e a culpa de ter bebido e me colocado em posição vulnerável não me larga. A culpa não é minha. Eu sei. A dor, a raiva e a impotência também não me largam. Estou falando tudo isso para que todas as que me lêem saibam que pode acontecer com qualquer uma, a qualquer momento, e que o desamparo e o desespero são inevitáveis. O mundo é um lugar horrível pra ser mulher'', finaliza. 

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