André de Castro apresenta a exposição 'Movimentos'

Mostra fica em cartaz até dia 25, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

por Walter Sebastião 01/05/2015 11:30

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André de Castro/Divulgação
André chama a atenção para o papel da mídia na organização da vida social (foto: André de Castro/Divulgação)
Interessado em criar retratos das pessoas envolvidas nas manifestações que, nos últimos anos, se viu no Brasil e no mundo, o artista plástico André de Castro, de 28 anos, valendo-se das redes sociais, entrou em contato com partidários de vários movimentos. Ele, assim, pediu que respondessem a um questionário que solicitava e que enviassem uma imagem do manifestante, além de palavras, objetos, músicas, cores, que revelassem a ideologia que ele defendia. A partir do material ele criou as cerca de 30 serigrafias que está apresentando na exposição 'Movimentos', que fica em cartaz até dia 25, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Os trabalhos, explica André de Castro, são colagens, com visualidade gestual, espontânea, que traz retratos de jovens, homens e mulheres que participaram de manifestações no Brasil, Nova York, Grécia e Turquia. Trabalhos, observa, criados com material oferecido por indivíduos mas que, a medida que vale-se também de ícones, carregam também consideração sobre o coletivo. “E o que se vê, no conjunto, é um diálogo visual que mostra a polifonia que está presente nas manifestações”, afirma, observando que se pode ver nos retratos tendências, afinidades, contrastes, etc.

SIGNOS “As pessoas estão se tornando signos das ideologias que defendem. Não só aceitam falar do que acreditam mas também aceitaram criar imagens representativas do que pensam”, observa André. Avaliando o resultado, o artista descobriu que as mídias sociais são hoje elemento importante de organização da vida social. “As pessoas se encontram pelas redes e depois nas ruas. O que, às vezes, traz paradoxos, pois elas podem concordar em alguns pontos e serem totalmente antagônicas em outros.” Para André, a completa liberdade de comunicação vem, de fato, criando uma sociedade mais democrática.

As telas formam um grande painel, que já foi exibido em Miami, e ocupou a Opus Galery, em Nova York. Ganhou, ainda, texto do historiador Daniel Aarão Reis e será publicado um catálogo bilíngue. André de Castro já fez, com Julia Haiad, o livro de Ilustrações 'Funk: que batida é essa', também voltado para a criação de uma visualidade para o movimento social procurando investigar o que ela agrega a ele. A mostra, depois segue Brasília e Rio de Janeiro.

MOVIMENTOS

Gravuras de André de Castro. De quarta-feira a domingo, das 9h às 12h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Praça da Liberdade, 450, Funcionários. Telefone: (31) 3431-9400. Até dia 25. Entrada franca.

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