Foi-se o tempo em que os quadrinhos de grande circulação eram “coisa de menino”. Essa é uma das mensagens que a Marvel Comics reforçou quando, no ano passado, anunciou que a próxima série de revistas do herói Thor, o Deus do trovão, seria protagonizada por uma mulher. Agora, a HQ com a nova heroína já está na sexta edição.
Nas grandes editoras, os heróis sempre foram, na maioria dos casos, interpretados por figuras masculinas. As poucas personagens femininas não tinham tanto apelo e figuravam como coadjuvantes nos quadrinhos. A produção e circulação dos HQs sempre tiveram uma concentração maior de homens, assim imaginavam as editoras e, por muito tempo, as mulheres ficaram à parte dos processos, sendo pouco reconhecidas como público e dentro do mercado.
Para Cris Peter, colorista de quadrinhos que já trabalhou na Marvel e na DC Comics, grande parte da mudança no cenário aconteceu em resposta à crise econômica nos EUA. “Pesquisas começaram a mostrar uma porcentagem alta de mulheres consumindo filmes baseados em quadrinhos”, explica. “Precisamos ter interesse de ler e a única maneira é quando nos sentirmos representadas nas páginas”. Quando o mercado percebeu a relevância do público, precisou criar estratégias para atraí-lo: “Para nos sentirmos representadas, precisamos mais do que somente uma protagonista, precisamos de uma personagem tridimensional e real”, justifica.
A equipe criativa de Thor recebeu uma série de críticas desde os burburinhos sobre a mudança. Na última edição do quadrinho, o escritor Jason Aaron causou polêmica quando colocou a heroína frente a frente com um vilão chamado Homem-Absorvente, que ironizou as próprias críticas recebidas pela revista, e ainda defendeu o movimento feminista: “Thor? Você está de brincadeira? Eu tenho que te chamar de Thor? Essas malditas feministas estão arruinando tudo”, disse o vilão.
Rebeca Puig, do blog Colant sem decote, acredita que o roteiro da revista soube trabalhar bem a questão de gênero, “expondo as dúvidas que a personagem tem quanto à sua capacidade, e que o mundo machista do Thor original impõe sobre ela”, argumenta.
Nas grandes editoras, os heróis sempre foram, na maioria dos casos, interpretados por figuras masculinas. As poucas personagens femininas não tinham tanto apelo e figuravam como coadjuvantes nos quadrinhos. A produção e circulação dos HQs sempre tiveram uma concentração maior de homens, assim imaginavam as editoras e, por muito tempo, as mulheres ficaram à parte dos processos, sendo pouco reconhecidas como público e dentro do mercado.
Para Cris Peter, colorista de quadrinhos que já trabalhou na Marvel e na DC Comics, grande parte da mudança no cenário aconteceu em resposta à crise econômica nos EUA. “Pesquisas começaram a mostrar uma porcentagem alta de mulheres consumindo filmes baseados em quadrinhos”, explica. “Precisamos ter interesse de ler e a única maneira é quando nos sentirmos representadas nas páginas”. Quando o mercado percebeu a relevância do público, precisou criar estratégias para atraí-lo: “Para nos sentirmos representadas, precisamos mais do que somente uma protagonista, precisamos de uma personagem tridimensional e real”, justifica.
A equipe criativa de Thor recebeu uma série de críticas desde os burburinhos sobre a mudança. Na última edição do quadrinho, o escritor Jason Aaron causou polêmica quando colocou a heroína frente a frente com um vilão chamado Homem-Absorvente, que ironizou as próprias críticas recebidas pela revista, e ainda defendeu o movimento feminista: “Thor? Você está de brincadeira? Eu tenho que te chamar de Thor? Essas malditas feministas estão arruinando tudo”, disse o vilão.
Rebeca Puig, do blog Colant sem decote, acredita que o roteiro da revista soube trabalhar bem a questão de gênero, “expondo as dúvidas que a personagem tem quanto à sua capacidade, e que o mundo machista do Thor original impõe sobre ela”, argumenta.