Alex Rosa é morador de rua e artista plástico. Num cruzamento do Bairro Floresta, ele vende as pinturas que faz no local. A exposição coletiva 'O inventor de formas', na Chimera Cultural, nasceu da admiração do curador Warley Desali pela postura de Alex.
“Ele pinta o cotidiano dele, casas antigas que lembram a região onde vive, conseguindo assim o sustento de cada dia”, informa Desali, que também é artista plástico. De acordo com o curador, não se trata de defesa da entronização acadêmica ou institucional de Alex Rosa, que, para ele, deu solução a um problema de muitos autores. “Resgatamos um artista que, apesar de anos de carreira, continua marginal”, resume.
Desali chama a atenção para a necessidade de repensar questões colocadas pela atitude de Alex Rosa. Ou seja: por meio dele, revela-se o quebra-cabeças que envolve mercado de arte, o artista que está dentro e fora da instituição, a discussão sobre coleção e curadores.
Para evidenciar essas questões, Desali assina a mostra como curador. A pedido de um colecionador fictício (Joseph Vagin), ele traz a público o acervo de Alex, composto por obras do homenageado e peças de outros artistas.
PROCESSO Não é a primeira vez que Desali atua como curador. Ele já organizou as mostras 'Repensando o Brito', 'Um carnaval do Oiticica' e 'Leilão' de R$ 1,99 – essa última, “exposição processo” que começou com a galeria vazia e terminou com o pregão de centenas de obras. “São brincadeiras sobre a relação do artista com o mercado”, explica.
Para ele, a atividade curatorial permite propor ideias, é militância cultural e pode ser uma forma de ajudar os artistas. O perigo, adverte, é fazer o autor “perder a voz” ou aprisioná-lo aos desejos do mercado. 'O inventor de formas', argumenta Desali, alimenta “outro tipo de cultura”, ligada à luta por mais espaços para as artes e “contra a massificação que determina o que se deve ver, ler, ouvir”.
ALEX ROSA, 'O INVENTOR DE FORMAS'
Obras de Alex Rosa, Mario Rufino, Marconi Marques, Flávio CRO, Tenesmo, Guilherme Bita, Manuel Carvalho, Bárbara Damasi, Randolpho Lamonier, Bill e Warley Desali. Chimera Cultural, Avenida Cristóvão Colombo, 631, Savassi, (31) 9525-8080. De segunda-feira a sábado, das 14h às 20h. Até 19 de fevereiro. O espaço não vai funcionar nos dias 25 e 31 deste mês e 1º de janeiro. Entrada franca.
“Ele pinta o cotidiano dele, casas antigas que lembram a região onde vive, conseguindo assim o sustento de cada dia”, informa Desali, que também é artista plástico. De acordo com o curador, não se trata de defesa da entronização acadêmica ou institucional de Alex Rosa, que, para ele, deu solução a um problema de muitos autores. “Resgatamos um artista que, apesar de anos de carreira, continua marginal”, resume.
Desali chama a atenção para a necessidade de repensar questões colocadas pela atitude de Alex Rosa. Ou seja: por meio dele, revela-se o quebra-cabeças que envolve mercado de arte, o artista que está dentro e fora da instituição, a discussão sobre coleção e curadores.
Para evidenciar essas questões, Desali assina a mostra como curador. A pedido de um colecionador fictício (Joseph Vagin), ele traz a público o acervo de Alex, composto por obras do homenageado e peças de outros artistas.
PROCESSO Não é a primeira vez que Desali atua como curador. Ele já organizou as mostras 'Repensando o Brito', 'Um carnaval do Oiticica' e 'Leilão' de R$ 1,99 – essa última, “exposição processo” que começou com a galeria vazia e terminou com o pregão de centenas de obras. “São brincadeiras sobre a relação do artista com o mercado”, explica.
Para ele, a atividade curatorial permite propor ideias, é militância cultural e pode ser uma forma de ajudar os artistas. O perigo, adverte, é fazer o autor “perder a voz” ou aprisioná-lo aos desejos do mercado. 'O inventor de formas', argumenta Desali, alimenta “outro tipo de cultura”, ligada à luta por mais espaços para as artes e “contra a massificação que determina o que se deve ver, ler, ouvir”.
ALEX ROSA, 'O INVENTOR DE FORMAS'
Obras de Alex Rosa, Mario Rufino, Marconi Marques, Flávio CRO, Tenesmo, Guilherme Bita, Manuel Carvalho, Bárbara Damasi, Randolpho Lamonier, Bill e Warley Desali. Chimera Cultural, Avenida Cristóvão Colombo, 631, Savassi, (31) 9525-8080. De segunda-feira a sábado, das 14h às 20h. Até 19 de fevereiro. O espaço não vai funcionar nos dias 25 e 31 deste mês e 1º de janeiro. Entrada franca.