O texto, assinado pelo norte-americano David Ives, foi sensação na Broadway em 2012. Desde que a montagem estourou por lá, vários amigos a procuraram e comentaram o quanto Vanda se parecia com ela. “Umas cinco pessoas falaram comigo que eu teria que ir atrás. Fui e fiquei sabendo que uma pessoa já tinha comprado os direitos para a montagem no Brasil”, conta Bárbara. Para sorte de todos, a dona dos direitos estava à procura de parceiros para levantar a peça.
Para Bárbara Paz estar no palco como Vanda é um reencontro com a comédia já que, além do circo, ela tem em sua formação uma importante passagem pelo grupo Parlapatões. Mas a atriz faz questão de ressaltar que o humor em Vênus em visom tem uma pegada diferente. É costurado de maneira inteligente, de modo que não deixa de fora críticas ao mundo de hoje.
“Hector gosta de dizer que o espetáculo também trata da redenção da mulher. Assumimos postos na sociedade mas ainda temos tabus e paradigmas que são do século retrasado. A peça também fala disso”, comenta Bárbara Paz. A atriz reconhece que há certo exagero proposital na composição da personagem. “Ela quer mostrar tudo de cara. Canto, danço em poucos minutos e isso se torna ‘over’, o que leva o público a se perguntar ‘será que é assim mesmo?’”, diz ela.
Vênus em visom tem cenário de Bia Junqueira. Ela reproduz no palco um sótão típico dos prédios americanos onde, em geral, são realizados os testes de elenco. A iluminação – também indicada ao Shell – é de Paulo César Medeiros e o figurino de Antônio Medeiros.
No cinema
Na recente onda de levar para o cinema textos teatrais, Vênus em visom foi o escolhido pelo diretor Roman Polanski depois de Deus da carnificina. O filme, batizado A pele de Vênus, estreou na edição 2013 do Festival de Cannes. O longa ainda não chegou ao circuito comercial brasileiro.
'VÊNUS EM VISOM'
Espetáculo com Bárbara Paz e André Garolli. Sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Teatro Sesiminas, Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, (31) 3899-2003.
Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).