Com declamação de Fernanda Montenegro, Bienal do Livro de São Paulo abre atividades

Ministra da Cultura anunciou escolha de escritora mineira como curadora para literatura brasileira no Salão do Livro de Paris

por Carlos Herculano Lopes 22/08/2014 15:47

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Globo/Renato Rocha Miranda
Fernanda Montenegro abriu evento com declamação de trechos dos Sermões do Padre Antonio Vieira (foto: Globo/Renato Rocha Miranda)
De São Paulo — Numa cerimônia realizada hoje pela manhã no Teatro do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com a atriz Fernanda Montenegro — acompanhada pelo Conjunto de Música Antiga da USP — declamando trechos dos Sermões do Padre Antonio Vieira (1608-1697), foi aberta oficialmente a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que vai até o dia 31.

 

O tema escolhido para esse ano foi "Diversão, cultura e interatividade: tudo junto e misturado" e estão programadas mais de 400 atividades com a participação das principais editoras do país e várias empresas estrangeiras. A ministra da Educação, Marta Suplicy, presente à cerimônia de abertura, destacou a importância da leitura como formadora de cidadãos e fez uma homenagem aos escritores Ivan Junqueira, Ariano Suassuna, Rubem Alves e João Ubaldo Ribeiro, falecidos recentemente.

"Com seu talento, eles nos ajudaram a conhecer um pouco mais a alma do povo brasileiro. Eles plantaram sementes em terra fértil", disse a ministra. Em seguida, Marta Suplicy fez um passeio pela Bienal do Livro, visitando os estandes das editoras que aderiram ao Vale-cultura, que, segundo ela, apesar de algumas resistências, está indo muito bem. A ministra anunciou ainda que a escritora mineira Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), será a curadora de literatura brasileira do Salão do Livro de Paris, que será realizado em março do ano que vem, no qual o Brasil será o país homenageado.

Neno Viana/Divulgacao
Escritora mineira Guiomar de Grammont, professora da Ufop, será curadora de literatura brasileira em evento francês (foto: Neno Viana/Divulgacao )
Karina Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro, promotora da bienal em parceria com o Sesc, também falou sobre o evento. "Queremos fazer dessa bienal um evento inesquecível, mais cultural do que nunca, com os leitores sendo os principais protagonistas", disse. Já o ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou que o Brasil despertou tardiamente para a importância da educação como prioridade para o seu desenvolvimento. "Estamos em busca do tempo perdido e uma bienal como essa, dentro deste contexto de ajudar na divulgação do livro e a fomentar o hábito da leitura, tem grande importância."

Além da literatura, serão também realizados na bienal eventos ligados ao cinema, artes plásticas, teatro e gastronomia, além de extensa programação voltada para o público infantil e infantojuvenil. Entre os escritores estrangeiros presentes ao evento estão Ken Follet, Harlan Coben, Cassandra Clare, Sally Gardner e Kiera Cass. Já os brasileiros estarão representados por Nélida Piñon, Ignácio de Loyola Brandão, Cristovão Tezza e os mineiros Léo Cunha e Paula Pimenta, entre outros.

De acordo com a Câmara Brasileira do Livro, o investimento total foi de R$ 34 milhões, sendo R$ 4,8 milhões captados via Lei Rouanet. A 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo tem 350 expositores, que representam 750 selos. A expectativa é receber um público de 700 mil pessoas durante todo o período do evento.

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