Nelson Freitas completa 30 anos de carreira

Em cartaz com o musical Se eu fosse você, ator estudou no Colégio Militar, em Belo Horizonte, antes de tentar a carreira no Rio

por Helvécio Carlos 22/06/2014 06:00

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Alle Vidal/Divulgação
Humorista e ator, Nelson Freitas tem no currículo novelas de televisão e musicais de sucesso (foto: Alle Vidal/Divulgação )


Nelson Freitas está em clima de festa às vésperas de celebrar 30 anos de carreira e 35 anos morando no Rio de Janeiro. A comemoração, apesar de não ter sido programada, não poderia ter começado de melhor forma. O ator está no musical Se eu fosse você em cartaz no teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro. No palco, Nelson canta, dança e diverte a plateia ao interpretar Cláudio, que por uma razão inexplicável troca de corpo com a mulher, Helena (Claudia Netto). O espetáculo tem supervisão de Daniel Filho, que dirigiu o longa e sua continuação. “A história é a mesma, mas a forma como é contada é diferente”, adianta o ator, que garante ter visto os dois filmes sem se deixar influenciar pela interpretação de Tony Ramos. Nelson Freitas brilha no palco ao acertar a mão na composição dos personagens. Sua Cláudia é impecável, sem excessos. Diverte a plateia sem cair no caricato, no homem travestido de mulher.


Mesmo com o grande sucesso dos longas, que atraíram mais de 9 milhões de espectadores, Nelson assegura não ter tido a preocupação de repetir o sucesso da telona. “A minha expectativa é de que a peça fosse bem recebida no teatro também. As linguagens são diferentes”, compara, satisfeito com a boa repercussão. O espetáculo encerra temporada no mês que vem.

O retorno a um musical, gênero que marcou o começo da carreira do ator, também é motivo de satisfação. “Estava há 11 anos sem fazer grandes espetáculos, para me dedicar ao meu show de humor (o espetáculo Nelson Freitas e vocês). Fiquei solitário e com vontade de contracenar e, a partir daí, começou o projeto de Se eu fosse você, o musical, que está sendo sensacional”, comemora.

A paixão de Nelson pelo teatro é dos tempos de sua adolescência. Mas a boa relação com a música cresceu nos tempos em que viveu na capital mineira. “Com colegas do Colégio Militar de Belo Horizonte, conquistei prêmio em um festival da canção em Congonhas. Bebemos o prêmio a noite toda”, diverte-se o ator, natural de Moji das Cruzes, interior de São Paulo. “Minha verve sempre existiu, só não sabia se seria feliz com a profissão de ator”, confessa.

O desembarque em Belo Horizonte foi obra do destino. Com a morte do pai, Nelson foi encaminhado pelo tio, Jorge Caetano do Nascimento, o general Nascimento, ao Colégio Militar de Belo Horizonte. “BH é minha casa. Trago no meu DNA o caráter e o respeito, características tão fortes no mineiro. Não estou jogando confete. É a realidade”, diz. Depois de formado, seguiu para a marinha mercante no Rio de Janeiro, onde ficou mais cinco anos – três estudando e dois viajando. No Rio, Nelson também foi professor no Senac.

Diretores E foi no Rio que decidiu se jogar na carreira teatral. “Era a minha chance de provar se conseguiria me firmar como ator ou se tudo aquilo, na minha cabeça, não passava de uma grande viagem.” Inscreveu-se no curso de teatro da PUC e ficou com uma das últimas 30 vagas. “Se nada desse certo, voltaria a dar aulas.” Não foi preciso. Com a rotina da faculdade, aproximou-se de nomes como Wolf Maia – “sabe tudo de direção de ator e tem timing de direção como poucos” –, com quem trabalhou em Quatro carrerinhas, Relax, it’s sex e Blue jeans. Com Cininha de Paula fez o musical Pocahontas. Com Flávio Marinho, Os 7 brotinhos, e com Jorge Fernando atuou em Os duelistas.

No fim dos anos 1990, surgiu convite para a novela Chiquititas. Como a produção era na Argentina, Nelson ficou por lá dois anos. De volta ao Brasil, fez As filhas da mãe, de Sílvio de Abreu. “Era assistente de Manolo Gutierrez, personagem de Tony Ramos, dono de um bingo no folhetim.” Entre uma novela e outra, pouco tempo depois, estava no elenco de Zorra total, no qual até hoje faz grande sucesso.

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