Museu em homenagem ao ex-jogador Pelé é aberto ao público em Santos

Projeto orçado em R$ 50 milhões demorou seis anos para sair do papel

por Correio Braziliense 16/06/2014 10:17

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AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Pelé vibra com a inauguração do museu (foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )
A partir desse domingo foi aberto ao público um espaço no qual é possível fazer verdadeira viagem pela carreira do maior ídolo do futebol brasileiro, Edson Arantes do Nascimento, Pelé. Sediado em Santos, por vontade do próprio jogador, o Museu Pelé foi inaugurado depois de seis anos desde a ideia inicial até a conclusão do projeto, desenvolvido pelas três esferas de governo. Os investimentos totalizaram R$ 50 milhões, contando também com a participação de 28 empresas privadas.

Localizado no bairro do Valongo, um dos mais antigos da cidade, o museu aproveita a arquitetura de um casarão que estava em ruínas para abrigar as 2.545 peças que contam a história de Pelé. Dessas, 180 itens fazem parte do arquivo pessoal do atleta e ficarão expostos permanentemente no museu. O ingresso custará R$ 18.

A cerimônia de abertura tinha a previsão da presença da presidenta Dilma Rousseff, que não compareceu mas deixou mensagem por meio de um telão, dizendo que a construção do museu é um ato de grande simbolismo e reconhecimento. “Perpetuamos aqui a memória de um dos nossos mais ilustres cidadãos. Isso quando, aqui no Brasil, promovemos a Copa do Mundo, evento maior do esporte, e transformamos Edson Arantes do Nascimento no nosso Rei Pelé”.

Segundo Dilma, as novas gerações e os visitantes que vêm ao Brasil merecem conhecer as façanhas do jogador, ao longo de seus 1.281 gols. “Esse número faz dele o maior artilheiro da história do futebol. Esse número impressiona, mas o difícil não é fazer tantos gols quanto Pelé, mas um único gol como ele. Apesar de já ter sido eleito o atleta do século 21, acredito que Pelé é o atleta de todos os tempos”.

A presidenta destacou que além de atleta, Pelé é a representação de alguém que superou preconceitos em uma época na qual as oportunidades para um menino negro e pobre eram muito menores do que hoje. “Foi graças à sua genialidade com a bola que esse menino conquistou seu lugar no Brasil e no mundo. De todas as conquistas de Pelé ao longo de sua carreira, uma delas é ter se tornado um exemplo para tantos meninos e meninas da periferia que jogam bola ou praticam qualquer esporte. Nada mais justo que o Brasil preserve essa história e faça essa homenagem”, acrescentou Dilma.

Emocionado e com poucas palavras Pelé agradeceu por estar vivo e com saúde para receber a homenagem, junto com parentes e amigos. Ele lembrou sua primeira viagem com a seleção brasileira para a Suécia, aos 17 anos, e contou que ao chegar lá acreditava que todos conheciam o Brasil. “Quando chegamos lá, minhas primeiras 'broncas' com as pessoas ocorreram ao perceber que elas achavam que o Brasil ficava na Argentina, ou se lembravam apenas da Amazônia. Naquela época, ninguém conhecia o Brasil. Hoje, na inauguração do museu, estamos fazendo a Copa do Mundo aqui e todo o mundo está voltado para cá”.

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