Foram pelo menos sete anos afastado dos palcos. O retorno, hoje, com o monólogo 'Relatório para uma academia' não poderia ser mais adequado ao ator Kimura Schetino. É a retomada da parceria com Eid Ribeiro, com um texto de Franz Kafka em um espetáculo que valoriza a palavra. “É muito saboroso e agradável”, resume. Ele reconhece que tem se divertido muito com o processo, mas ainda guarda aquele frio na barriga.
A opção foi por uma montagem minimalista. “São poucos e lentos os gestos. A palavra é o mais importante”, ressalta Kimura. Essa escolha também procura evitar a caricatura do macaco. O corpo tem a atitude do animal, mas sem estereótipos. Como a peça também tem uma referência ao teatro de variedades a direção traz citações a este estilo assim como lembranças de Charles Chaplin. “Não perdi minhas características do ator que sou. Eu e o Eid tínhamos um grupo nos anos 1970 que se chamava Carne e osso. É esse o teatro feito ali: com emoção”, afirma.
RELATÓRIO PARA UMA ACADEMIA
Nesta sexta-feira, às 20h (para convidados). Em cartaz às quintas e sextas, às 20h; sábados e domingos, às 19h. Até 13 de julho. Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), Praça da Liberdade, 450, Funcionários, (31) 3431-9400. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Não haverá apresentação em dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo.
SAIBA MAIS - O ATOR
Entre as décadas de 1970 e 1980, Eid Ribeiro e Kimura Schetino fizeram pelo menos cinco peças juntos: 'Risos e facadas' (1976), 'Cigarro souza câncer' (1977), 'Delito carnal' (1979) e 'As criadas' (1980). Nos últimos anos, o ator diminuiu a produção teatral e marcou presença no cinema e na TV. Sob a direção de Helvécio Ratton fez os longas 'A dança dos bonecos' (1986) e 'Uma onda no ar' (2002).
Foi Eid Ribeiro quem resgatou Kimura para o palco novamente. Com todo respeito, eles fazem parte da velha-guarda do teatro belo-horizontino, responsável pela efervescência dos grupos na cidade. Fizeram, por exemplo, 'As criadas' (1980), de Jean Genet e outras criações de resistência. Há cerca de quatro anos, o diretor explicitou o desejo de fazer 'Relatório para uma Academia' com Kimura. Se o objetivo de provocar o espectador faz parte da essência dos dois, nada melhor.
A opção foi por uma montagem minimalista. “São poucos e lentos os gestos. A palavra é o mais importante”, ressalta Kimura. Essa escolha também procura evitar a caricatura do macaco. O corpo tem a atitude do animal, mas sem estereótipos. Como a peça também tem uma referência ao teatro de variedades a direção traz citações a este estilo assim como lembranças de Charles Chaplin. “Não perdi minhas características do ator que sou. Eu e o Eid tínhamos um grupo nos anos 1970 que se chamava Carne e osso. É esse o teatro feito ali: com emoção”, afirma.
RELATÓRIO PARA UMA ACADEMIA
Nesta sexta-feira, às 20h (para convidados). Em cartaz às quintas e sextas, às 20h; sábados e domingos, às 19h. Até 13 de julho. Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), Praça da Liberdade, 450, Funcionários, (31) 3431-9400. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Não haverá apresentação em dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo.
SAIBA MAIS - O ATOR
Entre as décadas de 1970 e 1980, Eid Ribeiro e Kimura Schetino fizeram pelo menos cinco peças juntos: 'Risos e facadas' (1976), 'Cigarro souza câncer' (1977), 'Delito carnal' (1979) e 'As criadas' (1980). Nos últimos anos, o ator diminuiu a produção teatral e marcou presença no cinema e na TV. Sob a direção de Helvécio Ratton fez os longas 'A dança dos bonecos' (1986) e 'Uma onda no ar' (2002).