Na parte brasileira, obras do mineiro Aleijadinho são maioria, com sete exemplares. “A seção mineira da exposição constitui um conjunto excepcional, raras vezes reunido. Temos peças extraordinárias do artista, incluindo uma imagem de Santa Luzia, da Matriz de Caeté, a primeira onde trabalhou numa grande obra, revelando toda a força prodigiosa de sua talha e o encantamento que infundia na estatuária”, avalia Ângelo Oswaldo.
As esculturas de Aleijadinho foram trazidas de Ouro Preto, Mariana, Sabará e Caeté. Entre outros artistas, o curador selecionou peças do Mestre de Piranga, Francisco Vieira Servas, e Valentim da Fonseca e Silva – no caso deste último, é a primeira vez que seus dois apóstolos serão exibidos em Minas Gerais, já que pertencem ao acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Há também obra de Maurino de Araújo (que está vivo), numa demonstração de que a arte sacra mineira continua em transformação.
Embora o uso da prata em esculturas seja milenar (as máscaras da antiguidade grega e egípcia e artefatos de civilizações pré-colombianas são prova disso), sua consagração deu-se em Nápoles, conforme apontam especialistas. A partir do século 15, a arte sacra europeia impulsionou a suntuosidade das esculturas que compunham as igrejas do continente, e o verdadeiro apogeu dessa prática ocorreu no período barroco.
Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro
Exposição de obras do barroco italiano e brasileiro. Desta terça-feira a 7 de setembro, na Casa Fiat de Cultura, Praça da Liberdade, 10, Funcionários. De terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h. Entrada gratuita. Informações: (31) 3289-8900.