Cia de Dança Palácio das Artes mostra novidades na montagem de 'Entre o céu e as serras'

Espetáculo entra em cartaz nesta sexta e sábado, no Grade Teatro do Palácio das Artes

por Carolina Braga 06/06/2014 08:00

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Paulo Lacerda/Divulgação
Montagem da companhia de dança tem novos bailarinos (foto: Paulo Lacerda/Divulgação)
Revisitar espetáculos guardados na memória afetiva de uma geração é sempre um risco. Primeiro, porque as imagens gravadas são fortes o bastante para achar o novo melhor do que o velho. Segundo, porque o olhar contemporâneo naturalmente será mais sofisticado, pelo menos no que tange às tecnologias usadas no espetáculo. É ciente disso que a Companhia de Dança Palácio das Artes volta à cena com 'Entre o céu e as serras'.


A montagem estreou em 2000, inaugurando nova fase do corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado. Pela primeira vez, foi realizada pesquisa de campo no interior do estado, e os bailarinos participaram ativamente da criação da coreografia. “As pessoas vão reconhecer o que assistiram. Está melhor amarrado artísticamente”, comenta Cristina Machado, diretora artística da companhia.

'Entre o céu e as serras' é um mergulho na cultura mineira. A pesquisa trabalhou com elementos do barroco e também da identidade do povo. Religiosidade, tradição, afrodescendência são temas que aparecem não apenas na coreografia, mas no cenário de Wanda Sgarbi, na música de Claudia Cimbleris, na iluminação de Ney Matogrosso e Juarez Farinon.

De acordo com Cristina Machado, há nítido amadurecimento da obra. “Eu pensava em como seria nosso reencontro com o trabalho. No entanto, a medida em que repetíamos a coreografia, as coisas se revelavam”, conta. Como recentemente a companhia passou por grande renovação de elenco, boa parte dos que dançam Entre o céu e as serras hoje eram apenas crianças quando a montagem estreou.

“Tem sido muito interessante. Eles percebem que a criação coreográfica teve muitas mãos: o bailarino também era sujeito, recebia estímulos e tinha grande participação”, lembra Cristina. A coreografia será repetida tal como na primeira versão. Entre as novidades está a trilha. Claudia Cimbleris refez alguns trechos. Outra inovação é a instalação de Chico de Paula, montada no foyer do Palácio das Artes. A obra amplia referências do espetáculo.

Entre o céu e as serras
Sexta e sábado, às 20h30. Grande Teatro Palácio das Artes. Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Ingressos: R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia).

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