O ofício da arte é tema de seminário no Circuito Cultural Banco do Brasil

Evento discute, nesta quarta e quinta-feira, diversos aspectos relacionados à produção artística

por Walter Sebastião 07/05/2014 00:13

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Voice/Divulgação
O duo 'O Grivo' encerra as duas noites da programação do seminário (foto: Voice/Divulgação )
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spectos estéticos, históricos e econômicos da produção artística moderna e contemporânea serão debatidos no seminário 'Arte: diálogos', hoje e amanhã, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Trata-se de conjunto de palestras, cada uma delas discutindo um assunto ligado ao tema do encontro, à tarde e à noite, com diversos convidados. A primeira delas, “O que é arte moderna”, das 14h às 15h15, contará com o crítico mineiro Olívio Tavares de Araújo, que vive e trabalha em São Paulo. Está prevista a apresentação de performances e, nos dois dias, quem encerra as atividades é o grupo O Grivo.

“Como dou valor à formação, acho seminário importante”, afirma Leda Catunda, convidada de quinta-feira. Estudante, recorda, ouviu palestras de artistas, curadores e críticos. Ainda guarda na memória o encanto com algumas delas, como a do inglês Anish Kapoor, do norte-americano Frank Stella ou do brasileiro Waltércio Caldas. “Ouvindo eles falarem você tem noção de que o universo pertence ao artista, e isso é muito interessante”, explica. A artista plástica paulista é inclusive solicitada para palestras e sempre que pode aceita. Levou um susto há um ano, ao ter diante de si, na UFMG, cerca de 600 pessoas.

“Como artista, dou valor à conversa com o público. Aproxima e afasta idealizações. Tem gente que acha que sou uma velhinha, colega da Tarsila do Amaral”, brinca Leda, lembrando-se da musa dos modernistas de 1922. “Em tempos em que tudo é muito rápido, que só se lê as manchetes, conversa é oportunidade de levantar questões”, garante. “É, ainda, forma de conhecer melhor o circuito de arte em país gigantesco e caótico”, acrescenta.

Leda Catunda chega a Belo Horizonte em meio às comemorações de 30 anos de atividade, registrados inclusive em exposição na nova sede do MAC/USP. Para sua palestra de amanhã, ela indica que “o essencial é uma pergunta: por que ser artista?”. E desenvolve a ideia: “No meu caso, queria síntese visual que fosse do nosso tempo”. Vem daí a construção de imagens “carregadas de significados”, que buscam a comunicação. E aspiram a mudar o mundo sim: “No sentido de criar novos significados, outros entendimentos. Isso é poder da arte. Temos vida muito pragmática, meio de formiga, e é função do artista ampliar o sentido das coisas”.

ARTE: DIÁLOGOS
Circuito de arte moderna & contemporânea, hoje  e amanhã, a partir das 14h, no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450). Serão realizadas oficinas para crianças das 15h às 19h30. Informações: (31) 3261-2608 e 3231-9400.

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