“Nosso acervo é novo, pois a compra está garantida no Plano Plurianual de Ação Governamental”, explicou Patrícia Renó, bibliotecária do Centro Cultural Vila Marçola, que funciona há sete anos no Aglomerado da Serra (Regional Centro-Sul).
O espaço convive com problemas no teto do auditório, que tem capacidade para receber 80 pessoas sentadas. “A calha entupiu durante uma chuva”, explicou Patrícia. O Vila Marçola recebe oficinas de música, dança, teatro e de brinquedos e brincadeiras idealizadas pelo projeto Arena cultural, da Fundação Municipal de Cultura (FMC).
A maioria dos meninos do aglomerado vive solta, como as crianças do interior. Guilherme Henrique Rodrigues, de 9 anos, é um deles. Na biblioteca, o garoto folheava um livro infantil. “Gosto de ler porque é muito bom”, revelou.
Aluno da Escola Municipal Senador Levindo Coelho, Guilherme era o único visitante do espaço quando a reportagem passou por lá. O menino curtia seu livro enquanto os amiguinhos preferiam improvisar um jogo de futebol na área externa do centro cultural.
Em maio, o Vila Marçola vai receber o projeto Violão pela cidade, organizado pelo violonista Stanley Levi, e eventos do Festival Internacional de Teatro – Palco & Rua (FIT).
CENTROS CULTURAIS
Alto Vera Cruz (Região Leste)
Jardim Guanabara (Região Norte)
Lagoa do Nado (Pampulha)
Liberalino Alves (Região Noroeste, desativado)
Lindeia/Regina (Barreiro)
Padre Eustáquio (Região Noroeste)
Pampulha (Pampulha)
Salgado Filho (Região Oeste)
São Bernardo (Pampulha)
São Geraldo (Região Leste)
Urucuia (Barreiro)
Vila Fátima (Região Centro-Sul)
Venda Nova (Venda Nova)
Vila Marçola (Região Centro-Sul)
Vila Santa Rita (Barreiro)
Zilah Spósito (Região Norte)
Parcerias produtivas
A cessão de espaços para ensaio de artistas e para outras atividades é uma constante nos centros culturais administrados pela Prefeitura de Belo Horizonte. O Lagoa do Nado, por exemplo, mantém parceria de uma década do músico Mamour Ba. Agora, o espaço está de olho no projeto Corpo cidadão, do Grupo Corpo.
“Como conseguimos a sala, em contrapartida fazemos um ensaio aberto no primeiro domingo de cada mês”, informa o cantor, compositor e instrumentista senegalês Mamour Ba, radicado em Belo Horizonte.
Além do acesso à música do grupo Conexão African Beat, o público tem a oportunidade de conhecer um pouco mais a história da música negra, narrada por ele. “A parceria é maravilhosa. O Conexão praticamente nasceu no Centro Cultural Lagoa do Nado”, comemora o percussionista.
Corpo “Apesar da boa vontade e do carinho com que estamos sendo recebidos no Lagoa do Nado, a distância do centro cultural faz de nossa parceria com eles algo provisório”, afirma Míriam Pederneiras, diretora-geral do Corpo cidadão.
A maioria dos jovens integrantes do projeto mora em regiões distantes, o que dificulta e torna oneroso o deslocamento deles até o Bairro Itapoã. Esta semana, 12 rapazes e moças vão começar a ensaiar numa sala do Lagoa do Nado cedida pela Fundação Municipal de Cultura.
Exposição
No Centro Cultural Zilah Spósito, no Bairro Jaqueline, a artista plástica Wanderléa Rodrigues exibe com orgulho da mostra Namoradeiras. Trabalhos criados por ela em homenagem à mulher ocupam a sala multimeios. “Já nasci mexendo com arte”, diz a sorridente Wanderléa, que se dedica também à cerâmica em gesso e à pintura.