Cantora, produtora cultural, atriz e escritora, há algum tempo vivendo em São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito de Diamantina, Mara de Aquino faz sua estreia na literatura e lança 'Sobre coisas', coletânea de poemas que vinha escrevendo há alguns anos. Antes publicou seus textos em revistas e jornais literários, como o 'Suplemento Literário de Minas Gerais', e apresentou-os em feiras de livros, como o Salão do Livro de Belo Horizonte, Psiu Poético, de Montes Claros, e na Feira do Livro de Córdoba, na Argentina.
Vem somar-se, mesmo sendo de geração anterior, a vozes contemporâneas da poesia mineira, como Monica de Aquino, Dagmar Braga, Ana Martins Marques, Mariana Botelho e Ana Elisa Ribeiro.
'Sobre coisas', que em breve terá a companhia de outros livros de Mara, como o romance inédito 'Um corpo que vive a noite', finalista do Prêmio de Literatura Cidade de Belo Horizonte, tem recebido elogios de gente de peso, como o professor e crítico literário Gilberto de Mendonça Teles, para quem a poesia da escritora mineira é sóbria, quase seca. “Poemas curtos, pontudos, potiagudos, agudos (para usar alguns recursos expressivos do livro) revelam uma excelente poetisa”, disse Teles.
Sobre as coisas
. Livro de Mara de Aquino
. Editora Kazuá
. 80 páginas
TRÊS PERGUNTAS PARA...
Mara de Aquino
música e escritora
Sua inspiração poética vem de onde?
Inspiro-me no que surge do meu corpo emocional dançando com a vida e as palavras. Desde criança sou curiosa, atenta aos acontecimentos da sala de visita, da cozinha, e do mundo de maneira geral.
E a sua relação com a música, como anda?
Ela está cada vez mais diluída em tudo que sou. Canto quase diariamente, composições minhas, de outros, e experimentos vocais. Sigo uma vocação à margem, apareço quando tenho algo a dizer e consigo produzir com qualidade. Organizei-me internamente, fiquei dona de mim.
Como está sendo viver em São Gonçalo do Rio das Pedras?
Aqui a densidade demográfica é de 800 moradores, cumprimento as pessoas olhando nos olhos, e elas me acolhem desarmadas. O lugar é lindo e o ser humano é acolhido em sua integridade, sem falsa aparência escondendo o medo.
Nascida em Várzea da Palma, no Norte de Minas, com passagens por São Paulo, onde viveu durante vários anos, até radicar-se em BH, antes de se mudar para São Gonçalo, Mara de Aquino conta que Sobre as coisas é uma reunião de poemas escritos entre as décadas de 1980/90, e também recentemente. “Ao ler o conjunto dos textos vi que eram diversos assuntos, sobre coisas aparentes da vida, e que poderia reuni-los em livro”, diz.
Vem somar-se, mesmo sendo de geração anterior, a vozes contemporâneas da poesia mineira, como Monica de Aquino, Dagmar Braga, Ana Martins Marques, Mariana Botelho e Ana Elisa Ribeiro.
'Sobre coisas', que em breve terá a companhia de outros livros de Mara, como o romance inédito 'Um corpo que vive a noite', finalista do Prêmio de Literatura Cidade de Belo Horizonte, tem recebido elogios de gente de peso, como o professor e crítico literário Gilberto de Mendonça Teles, para quem a poesia da escritora mineira é sóbria, quase seca. “Poemas curtos, pontudos, potiagudos, agudos (para usar alguns recursos expressivos do livro) revelam uma excelente poetisa”, disse Teles.
Sobre as coisas
. Livro de Mara de Aquino
. Editora Kazuá
. 80 páginas
TRÊS PERGUNTAS PARA...
Mara de Aquino
música e escritora
Sua inspiração poética vem de onde?
Inspiro-me no que surge do meu corpo emocional dançando com a vida e as palavras. Desde criança sou curiosa, atenta aos acontecimentos da sala de visita, da cozinha, e do mundo de maneira geral.
E a sua relação com a música, como anda?
Ela está cada vez mais diluída em tudo que sou. Canto quase diariamente, composições minhas, de outros, e experimentos vocais. Sigo uma vocação à margem, apareço quando tenho algo a dizer e consigo produzir com qualidade. Organizei-me internamente, fiquei dona de mim.
Como está sendo viver em São Gonçalo do Rio das Pedras?
Aqui a densidade demográfica é de 800 moradores, cumprimento as pessoas olhando nos olhos, e elas me acolhem desarmadas. O lugar é lindo e o ser humano é acolhido em sua integridade, sem falsa aparência escondendo o medo.