Integrantes do Janela de Dramaturgia promovem sessões de leitura no VAC

Programação ocorre no Teatro Espanca!, no Centro

por Fernanda Machado 17/01/2014 06:00

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Ethel Braga/Divulgação
(foto: Ethel Braga/Divulgação)
O projeto Janela de Dramaturgia é voltado ao incentivo e à difusão de novos dramaturgos. Promove leitura de peças ainda não encenadas, no geral, com os próprios escritores, vários deles atores, seguida de bate-papo com o público. “É tudo bem descontraído”, avisa Vinícius Souza, idealizador e coordenador da programação junto com Sara Silveira. “O clima é de verão com arte contemporânea. Tem intervalo entre as leituras, com bebida e música”, observa com bom humor.


Neste fim de semana, na programação da oitava edição do Verão Arte Contemporânea (VAC) haverá duas programações do Janela de Dramaturgia, ambas a partir das 18h, no Teatro Espanca!. Todos os textos serão lidos pelos autores. Sábado será a vez de 'Exercício dramatúrgico número 2', de Byron O’Neill; 'Conto anônimo', com Sarah Pinheiro; 'Anã Marrom', de Marcos Coletta; e 'Embriões de aniquilamento do sujeito', de Guilherme Lessa. E no domingo, de 'Miração', de Rafael Farias; 'A carne sua', de João Filho; 'O estado da besta', de Marcelo Dias Costa. Todos lidos pelos autores.

O perfil do programa é bem variado no que se refere a estilos, como explica Vinícius Souza. Há desde criações próximas do teatro do absurdo a poéticas do cotidiano, passando por propostas com narrativa mais tradicional e também por experimentações formais. Histórias, situações, criações que têm tom igualmente variado, do épico ao intimismo. Ponto comum a todos é a valorização do texto, da atitude de sentar para escrever e também a busca de perspectiva autoral.

“São trabalhos que mostram o olhar dos novos dramaturgos sobre o mundo contemporâneo”, conta Vinícius de Souza. Seja detendo-se em aspectos bem concretos, como a cidade ou Belo Horizonte, exemplifica, ou expondo questões existenciais e dramas difíceis de serem formulados. “Há quem leve o nosso tempo com bom humor e ironia, e também os que veem tudo de forma cruel e dura”, avisa.

É de interesse dos autores, como conta Vinícius de Souza, saber a reação do público sobre seus trabalhos. E não é raro que, depois das leituras, textos sejam modificados. A interação entre publico e dramaturgos é grande. Além da curiosidade de ambos os lados, os bate-papos já renderam polêmicas sobre o papel do texto, arte etc. Segundo ele, a dor de cabeça maior foi fazer tudo sem verba. Situação que muda este ano, já que aprovaram o evento no Fundo Municipal de Cultura.

Janela de Dramaturgia
Leitura de textos sábado e domingo, das 18h às 22h. Teatro Espanca!, Rua Aarão Reis, 542, Centro, (31) 3657-7348. Capacidade: 60 lugares. Ingressos: R$ 2.

INTERFACES DIGITAIS

Também na programação de artes cênicas do VAC neste fim de semana Perceptrum, rede de interações entre dança, software, som e imagem. O espetáculo tem concepção e criação de Thembi Rosa e Dorothé Depeauw (bailarinas e coreógrafas), Manuel Guerra (desenvolvimento de software e imagem), O Grivo (composição sonora) e Lucas Sander (vídeos). No palco, peças sonoro-cogreográficas em diálogo com interfaces digitais. O espetáculo é desdobramento da instalação Parâmetros em movimento, de 2012, e foi desenvolvido com subsídio do Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2012-2014. Amanhã e domingo, às 19h. Sala Multiuso do Centro Cultural Banco do Brasil. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

MAIS SOBRE E-MAIS