Amplo painel sobre a história de Belo Horizonte, do início da construção do Arraial do Curral del-Rei, nos últimos anos do século 19, ao processo de metropolização da cidade, já pelos idos de 1960, seguindo algumas décadas à frente, foi traçado com primor pelo jornalista José Maria Rabêlo no livro 'Belo Horizonte, do arraial à metrópole –- 300 anos de história', que ele lança nesta quinta-feira, no foyer Palácio das Artes.
Trabalho que demandou oito anos de pesquisa, da qual muita gente participou, o livro é um presente e tanto que o escritor está oferecendo à cidade, que completa hoje 116 anos. A Sociedade Musical Carlos Gomes, que tocou naquela ocasião, fará apresentação durante o lançamento.
Para facilitar a vida do leitor, além de vir com texto claro, de fácil assimilação, o livro foi dividido em duas partes. Na primeira, 'História geral', estão em ordem cronológica os episódios mais marcantes da formação da cidade; na segunda, 'Capítulos temáticos', os fatos são tratados com maior profundidade.
Entre as curiosidades históricas descritas no livro, José Maria Rabêlo, que vive há vários anos em BH, escreveu que, ao contrário do que normalmente é ensinado nas escolas, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz não foi o único fundador de Belo Horizonte. “Na verdade, não houve um fundador. Muitos foram os que contribuíram para que a localidade se formasse, destacando-se entre eles o navegante português Francisco Homem del-Rei, e os bandeirantes Borba Gato, Joseph Ribeiro, além do próprio Silva Ortiz”.
Polêmicas à parte, que contribuem para provocar futuros debates sobre a história da capital, no livro são ainda relatados importantes fatos ocorridos por aqui, que vão, entre outros, dos embates da Revolução de 1930 ao golpe de estado de 1964, passando ainda pela tragédia do desabamento do Pavilhão de Exposição da Gameleira, em 1971, durante o governo Israel Pinheiro, quando 69 operários morreram. Fatos relativos à BH contemporânea, com suas manifestações artísticas e esportivas, sem esquecer os imigrantes, que contribuíram para a diversidade cultural da metrópole, também são narrados.
Para o professor João Antônio de Paula, que prefaciou a obra, trata-se de um livro de pesquisa, de reflexão, e também de denúncia, de prospecção, que “sendo crítico e analítico, não faz disso interdição da vontade de transformar, da paixão que alimenta a ação”.
Belo Horizonte do arraial à metrópole, 300 anos de história
Livro de José Maria Rabêlo, Editora Legraphar, 360 páginas, R$ 65. Lançamento nesta quinta-feira, das 18h30 às 22h, no foyer do Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537. Entrada franca. Informações: (31) 3282-1320.
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Entre as curiosidades históricas descritas no livro, José Maria Rabêlo, que vive há vários anos em BH, escreveu que, ao contrário do que normalmente é ensinado nas escolas, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz não foi o único fundador de Belo Horizonte. “Na verdade, não houve um fundador. Muitos foram os que contribuíram para que a localidade se formasse, destacando-se entre eles o navegante português Francisco Homem del-Rei, e os bandeirantes Borba Gato, Joseph Ribeiro, além do próprio Silva Ortiz”.
Polêmicas à parte, que contribuem para provocar futuros debates sobre a história da capital, no livro são ainda relatados importantes fatos ocorridos por aqui, que vão, entre outros, dos embates da Revolução de 1930 ao golpe de estado de 1964, passando ainda pela tragédia do desabamento do Pavilhão de Exposição da Gameleira, em 1971, durante o governo Israel Pinheiro, quando 69 operários morreram. Fatos relativos à BH contemporânea, com suas manifestações artísticas e esportivas, sem esquecer os imigrantes, que contribuíram para a diversidade cultural da metrópole, também são narrados.
Para o professor João Antônio de Paula, que prefaciou a obra, trata-se de um livro de pesquisa, de reflexão, e também de denúncia, de prospecção, que “sendo crítico e analítico, não faz disso interdição da vontade de transformar, da paixão que alimenta a ação”.
Belo Horizonte do arraial à metrópole, 300 anos de história
Livro de José Maria Rabêlo, Editora Legraphar, 360 páginas, R$ 65. Lançamento nesta quinta-feira, das 18h30 às 22h, no foyer do Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537. Entrada franca. Informações: (31) 3282-1320.