'Fu Yong - A eterna fortuna na montanha sagrada' traz a tradição chinesa a BH

Grupos San Xia Acrobatic Art Troupe e Chongqing (Qianjiang) Ethnic Song and Dance Troupe apresentam vertentes da cultura do país em apresentação no Sesc Palladium

por Mariana Peixoto 29/11/2013 00:13

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Komittment P.A/Divulgação
(foto: Komittment P.A/Divulgação)
Oficialmente, existem 56 grupos étnicos na China. No mais populoso país do mundo, com seu 1,3 bilhão de habitantes, a etnia miao ocupa a quinta colocação no ranking, com 10 milhões de pessoas. Parte dessa cultura será apresentada nesta sexta e sábado no Sesc/Palladium, no espetáculo 'Fu Yong – A eterna fortuna na montanha sagrada'. Trinta e nove artistas (24 dançarinos, sete cantores e nove acrobatas), dos grupos San Xia Acrobatic Art Troupe e Chongqing (Qianjiang) Ethnic Song and Dance Troupe, vão apresentar as vertentes mais conhecidas da cultura chinesa em montagem que, até a vinda ao Brasil, nunca havia saído do país natal.

O espetáculo está rodando o Brasil desde o início de novembro. Ao final da turnê, os artistas terão passado por nove capitais. Fu Yong veio ao país para celebrar o Mês Cultural da China no Brasil, contrapartida ao Mês Cultural do Brasil na China, realizado em setembro. “O que se vê mundo afora são eventos chineses centrados na acrobacia. Como havia a preocupação de mostrar ao público brasileiro a faceta máxima da cultura chinesa, optou-se por espetáculo mantivesse as tradições”, afirma o produtor Fernando Ramos, responsável pela turnê brasileira.

De maneira geral, a montagem aborda temas da vida cotidiano dos miao, como sua relação com passado e futuro, laços familiares e afetivos. “O espetáculo traz o ciclo de vida de uma típica família da etnia miao”, continua Ramos. Começa no nascimento, no crescimento de uma menina que se torna mulher, procura um parceiro, que tem que se despedir dela para trabalhar, o nascimento dos filhos, até a reunião final, quando, depois da morte, todos se reúnem no paraíso. São 11 atos. Na China, espetáculos como Fu Yong sobrevivem em seu próprio país porque a cada 200, 300 quilômetros, existem cidades “pequenas”, com população média de 6 milhões de pessoas, onde fazem temporadas. “Na versão original o espetáculo tem 110 pessoas. Para viabilizar a itinerância, tivemos que reduzir esse número”, acrescenta o produtor.

Os grupos que estão no Brasil foram criados em 2008, incentivados pelo governo de Chongqing, mais populoso dos quatro municípios da China que têm status de província. Desde então, vêm realizando uma centena de apresentações por ano. De acordo com Ramos, a despeito de todas as diferenças que cercam os dois países, a turnê vem sendo realizada tranquilamente. O produtor só tem tido uma dor de cabeça: as refeições dos artistas. “É inacreditável como a comida deles é carregada de pimenta. Tenho procurado os restaurantes chineses e asiáticos e pedindo para eles carregarem no tempero”, comenta Ramos.

FU YONG – A ETERNA FORTUNA NA MONTANHA SAGRADA

Sexta, às 21h, sábado, às 20h. Sesc/Palladium, Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro, (31) 3270-8100. Ingressos: Plateia 1: R$ 120 e R$ 60 (meia); plateia 2: R$ 100 e R$ 50 (meia); plateia 3: R$ 80 e R$ 40 (meia).

MAIS SOBRE E-MAIS