Procurador Antônio Lopes Neto tem novos projetos literários

Vice-presidente da Academia de Letras do Ministério Público só não se aventurou ainda no romance

por Carlos Herculano Lopes 24/10/2013 10:00

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Sidney Lopes/EM/D. A Press
(foto: Sidney Lopes/EM/D. A Press)
Paralelamente à vida atribulada de promotor de Justiça – com passagens pelas comarcas mineiras de Medina, no Vale do Jequitinhonha; Poço Fundo, no Sul; e Uberaba, no Triângulo –, o procurador aposentado Antônio Lopes Neto sempre gostou de escrever. Hoje atuando na área de direito público, ele conta que a vocação para a escrita surgiu ainda na adolescência, quando vivia na terra natal, Limoeiro do Norte, interior do Ceará. Na capital do estado, para onde se mudou em seguida, teve certeza disso.

Mas foi em Minas, para onde veio com a família no início da década de 1970, indo viver em Pouso Alegre, no Sul do estado, onde se bacharelou em direito, que Antônio Lopes Neto viria a publicar seu primeiro livro de poemas, Respingos l, já na segunda edição. “Isso ocorreu no início de 1980, quando era promotor em Uberaba”, lembra o escritor. De lá para cá vieram mais sete livros.

De uns tempos para cá, toda essa obra foi reunida numa única editora, a Del Rey, de Belo Horizonte. Há desde poesia a textos de memória, caso de Hebreus de danças, no qual o escritor faz menção à origem judaica de sua família Lopes, originaria, segundo ele, da cidade de Miranda do Castanhal, na fronteira de Portugal com a Espanha, e de Memória, com cangalha e caçuás e um surrão velho cheio de versos. “Fiquei muito feliz com o resultado, é uma forma de manter todos os meus livros em catálogo ”, diz o procurador.

Ótimo contador de histórias, como todo bom cearense, Antônio Lopes Neto, que mora em Belo Horizonte, não para de escrever. “Está no sangue, na minha família tem muitos escritores”, diz, sem esconder o orgulho. Tanto que, no primeiro semestre do ano que vem, também pela Del Rey, lançará seu primeiro livro de contos, com cerca de 200 textos. Tem também no prelo, mas ainda sem dada de publicação, uma autobiografia, na qual narrará sua passagem pelo Ministério Público de Minas.

Entre outros episódios, pretende contar, com detalhes, como foi a sua atuação, como promotor, na época em que servia em Uberaba, no júri da famosa chacina de Conceição das Alagoas. Em julho de 1981, naquela cidade do Triângulo Mineiro, foram assassinadas 12 pessoas de uma mesma família, um dos casos mais emblemáticos e complicados para a Justiça do estado.

Um dos idealizadores da Academia de Letras do Ministério Público de Minas Gerais, da qual é o vice-presidente, Antônio Lopes Neto comenta ainda que, no campo da literatura, só não se aventurou ainda no romance. “Mas pretendo escrever um. É um gênero literário mais complicado, mas uma hora dá certo”, diz.

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