Prefeito promete agilizar reformas de teatros que foram palcos de resistência durante ditadura militar

Entre as obras está a modernização do Teatro Chico Nunes com orçamento de R$ 10 milhões. As restaurações prometem manter os aspectos artísticos originais

por Ailton Magioli 05/09/2013 08:02

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Lazuli Arquitetura Cenotécnica Cenografia/divulgação
Projeto do novo Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal, que voltará a funcionar ano que vem (foto: Lazuli Arquitetura Cenotécnica Cenografia/divulgação)
Em visita às obras do Teatro Francisco Nunes, cuja conclusão está prevista para janeiro, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, informou ontem que o Teatro Marília já está sendo reformado. Os trabalhos serão realizados em duas etapas, pois o espaço será utilizado na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, no início de 2014.

Importantes teatros da capital, o Francisco Nunes e o Marília passam por restauro e modernização atendendo antiga reivindicação da classe artística, que fez deles palcos de resistência em momentos históricos, como a ditadura militar implantada em 1964.

Fechado há seis anos, o Teatro Francisco Nunes ressurgirá o mais próximo possível do projeto original de Luiz Signorelli, informa a arquiteta Mariluce Duque. Ela assinou o trabalho de modernização e restauro em parceria com Raul Belém Machado (1942 –2012), arquiteto e cenógrafo.

Tombado pelos patrimônios históricos municipal e estadual, o Chico Nunes, como se tornou carinhosamente conhecida a casa de espetáculos do Parque Municipal, vai ganhar novas cadeiras, ar-condicionado e tratamento acústico, além de reforma da caixa cênica, sistemas de som e luz modernizados, sala de aquecimento, camarins, bilheteria, banheiros, lanchonete e cozinha. O projeto prevê também a revitalização do jardim lateral.

Fruto de parceria público-privada entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Unimed-BH, o restauro e a modernização do Chico Nunes estão orçados em R$ 10 milhões. Promete-se a manutenção dos atuais 529 lugares.

Parceria

A reforma do Teatro Marília, orçada em R$ 2 milhões, é produto da parceria da prefeitura com a construtora Caparaó. Elaborado pela arquiteta Michelle Ziade, o projeto começou pela revisão da rede elétrica. Este mês, as obras chegarão ao palco e à plateia.

Em janeiro, quando começa a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, o Marília voltará a funcionar. A segunda etapa das obras está prevista para o período de maio a dezembro. A fachada será recuperada e a acessibilidade merecerá atenção.

Além da reabertura do famoso Bar Stage Door, o Teatro Marília terá seu balcão reativado, ganhando 40 lugares, além de 23 na plateia. O número de cadeiras aumentará de 185 para 248.

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