Chega aos palcos de BH adaptação nacional de 'Edukators'

Ao contrário das questões sociopolíticas abordadas no filme Edukators, de Hans Weingartner, adaptação para o teatro centra-se no triângulo amoroso e no humor

por Mariana Peixoto 15/08/2013 00:13

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
PAULA KOSSATZ/DIVULGAÇÃO
Chega a Belo Horizonte a adaptação de 'Edukators', filme que concorreu à Palma de Ouro em Cannes (foto: PAULA KOSSATZ/DIVULGAÇÃO)

O ano era 2004 e uma produção alemã de diretor desconhecido tomou conta não só dos cinemas do circuito de arte, mas das rodas de bate-papo. Três jovens alemães que acreditam que podem mudar o mundo e se denominam Os Educadores expressam sua mensagem de uma forma inusitada: invadem mansões de ricaços e trocam móveis de lugar de maneira inusitada. Ao final, deixam um recado aos moradores endinheirados: “Seus dias de fartura estão contados”. Não há uso de violência nesse primeiro momento, mas desacertos acabam levando o grupo a um ato extremo: o sequestro de um empresário. Essa é a trama de 'Edukators', filme de Hans Weingartner que concorreu à Palma de Ouro em Cannes, produção que, 10 anos mais tarde, chegou aos palcos brasileiros, em sua primeira adaptação para o teatro.


A montagem homônima dirigida por João Fonseca e adaptada por Rafael Gomes, que estreou em janeiro no Rio de Janeiro, ganha esta noite apresentação única no Teatro Bradesco. Em cena, Pablo Sanábio e Fabrício Belsoff vivem os amigos Peter e Jan, respectivamente. Os dois se envolvem com Jule (Natália Lage), namorada de Peter. Edmilson Barros interpreta o milionário Hardenberg, que tem sua casa invadida. Weingartner tem uma participação na adaptação brasileira. O diretor alemão, que foi ao Rio no início do ano para a estreia, criou um vídeo com imagens de manifestações populares (como a Primavera Árabe) que serve como prólogo do espetáculo.


Se na história original o cenário é a Alemanha pós-reunificação, na versão brasileira não há localização de tempo e espaço. “Rafael preencheu lacunas que achava que o filme tinha. Tanto que ele não transcreveu os diálogos, mas criou novo texto. A peça tem enfoques maiores no triângulo amoroso e no humor”, explica Pablo Sanábio. A narrativa também foi bastante modificada. A história tem início com o sequestro, que, no filme, só aparece na segunda parte da trama. A trilha sonora é também diferente – traz Arcade Fire, Bob Dylan, Radiohead, Frank Sinatra e temas originais. Criada por Rodrigo Penna, concorre ao Prêmio Shell.

 

Parece, mas, definitivamente, não é

Merrick Morton /Divulgação
(foto: Merrick Morton /Divulgação)

Chega nesta sexta-feira aos cinemas 'Bling Ring: A gangue de Hollywood' (foto), novo filme de Sofia Coppola. Você vai ouvir, mais de uma vez, comparações deste com o filme 'Edukators'. Esqueça. As duas histórias só têm um ponto em comum: jovens que invadem casas de gente muito rica. Na narrativa de Coppola, inspirada num caso real, grupo de adolescentes que vive em subúrbio de Los Angeles invade as residências de celebridades como Paris Hilton e Lindsay Lohan. Só que a motivação aqui é completamente outra: os meninos roubam roupas, joias e objetos de luxo, que usam e exibem em redes sociais.


EDUKATORS

Nesta quinta, às 20h, no Teatro Bradesco, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1027. Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia). No sábado, também às 20h, o espetáculo será apresentado no Teatro Municipal de Araxá, Avenida Antônio Carlos, Centro. Entrada franca. 

 



MAIS SOBRE E-MAIS