Rômulo Braga e Alexandre Cioletti se lançam em novo projeto cênico

Nesta quinta-feira à noite, estreia a peça 'Um pequeno lapso da razão', inspirada em textos do pensador francês Roland Barthes

por Carolina Braga 01/08/2013 06:00

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Ana Ricciarddi/Divulgação
A peça fica em cartaz até dia 25 (foto: Ana Ricciarddi/Divulgação )
O nome vem do verbo capotar e essa ação, segundo o ator Rômulo Braga, sintetiza a entrega dele e do colega Alexandre Cioletti na nova companhia que acabam de fundar em Belo Horizonte. “Tem a ver com a nossa característica de atuação. Apesar de ter que ter um desenvolvimento intelectual, somos atores viscerais. Estamos prontos para capotar”, explica o ator em tom de brincadeira. A dupla estreia hoje, no Teatro da Cidade, 'Um pequeno lapso da razão'.

Com texto, direção e atuação de Braga e Cioletti, o espetáculo narra o confronto de um homem com a memória da mãe morta. “É a história desse cara que tenta reconstruir seu passado. Durante um determinado momento ocorreu algo de que ele não se lembra. A partir disso precisa da ajuda da memória da mãe para reconstruir esse quebra-cabeça”, detalha Cioletti.

Intuição
A dramaturgia partiu da leitura de textos de Roland Barthes e foi lapidada em sala de ensaio. Se há algo que sintetiza a sintonia dos dois atores é a importância que dão ao processo que deu origem à peça. “Foi de muita simbiose, entrega e intuição”, conta Rômulo. “Foi um dos mais prazerosos que já vivi. A gente entrava no ensaio sem saber o que ia fazer e, na maioria das vezes, surgiam coisas maravilhosas”, completa Cioletti.

Segundo eles, a intuição foi elemento-chave para conduzir a criação. Apesar de nenhum dos dois ter experiência prévia na escrita para a cena, compartilhavam inquietações. O texto foi surgindo a partir de exercícios de improvisação. Usaram desde imagens abstratas e figurativas para gerar uma espécie de fluxo inconsciente como também brincadeiras de livre associação.

Como a peça surge de um processo de muita intimidade dos dois amigos, uma preocupação comum foi fazer com que a história daquele homem também tocasse os espectadores. “Acreditamos que quanto mais íntimo, mais comunicativo ele é. Porque são inquietações comuns a todos os seres humanos. O difícil foi transpor para o verbo. Essa foi a nossa maior dificuldade, mas prometo ter feito o máximo possível”, diz Rômulo.

Para o ator, não há dúvidas de que é chegada a hora de 'Um pequeno lapso da razão' se relacionar com o público. “A gente precisa muito desse encontro para saber como as pessoas vão receber”, acrescenta Braga. Ainda assim, ele diz que nada está fechado. “Por conhecer todas as etapas dessa criação, temos total autonomia para nos criticar. Temos um discurso muito livre e franco”, conclui.

UM PEQUENO LAPSO DA RAZÃO
De hoje ao dia 25, no Teatro da Cidade  (Rua da Bahia, 1.341, Centro). De quinta a sábado, às 21h; domingos, às 19h. Ingressos a R$ 30, R$ 15 (meia-entrada) e R$ 12 (nos postos do Sinparc). Informações: (31) 3273-1050.

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