'A sagração da primavera' é uma lenda. Há 100 anos, estreou com a coreografia e a performance de Vaslav Nijinsky (1890 –1971), vaiadas estrondosamente. Essa ousada experimentação fazia apologia ao selvagem e à estética primitivista – armas dos modernos para esculachar a arte acadêmica. Há quem considere Sagração a mais ousada das três criações do bailarino russo.
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Horta
Para o coreógrafo, um aspecto merece todas as referências: a música de Igor Stravinsky. Trata-se de trilha não apenas bela, mas complexa e desafiadora, que cobra memória auditiva do elenco, pois não é algo convencional. “Essa música é como se fosse aquela horta em lugar seco. Ela te obriga a levar água na peneira todos os dias”, compara Ramos.
O legado desses artistas está na liberdade de fazer o que se quer, sem preocupação com normas ou padrões. “A essa perspectiva se somaram outros criadores desde o início do século 20, criando a possibilidade de uma dança pessoal diversificada, na qual o bailarino é uma personalidade e não apenas ‘tinta’ para desenhos do coreógrafo”, explica Leonardo Ramos.
'PETROUCHKA' E 'A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA'
Com Ballet de Londrina. Sexta-feira, 19 de julho, às 20h30. Teatro Sesiminas, Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia,
(31) 3241-7181. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).