A artista plástica Andrea Lanna começou, em 2005, uma série de trabalhos, alguns menores, para tentar entender o que ocorria em seu processo criativo. Em seguida, foi convidada a participar de uma coletiva numa galeria carioca. O espaço encerrou as atividade e os desenhos retornaram para Belo Horizonte. À medida que os amigos foram vendo o resultado, a estimularam a expô-los. “São trabalhos silenciosos. Precisavam de espaços mais intimistas.”
A exposição materializa a pesquisa em obras inéditas, inspiradas em imagens clássicas do barroco mineiro, um conjunto de sete desenhos de 100cm x 70cm, elaborados com grafites, lápis de cor, esferográfica e sanguínea sobre papel canson. Em vez da linha, como elemento que dá forma para as ideias, lançou mão da letra como a forma final, como textura neutra em relação ao conteúdo, que, ordenadas, deram forma às figuras.
A intenção com as imagens é abrir acesso a outros campos da percepção. “O diálogo estabelecido entre imagem e palavra reata antigos vínculos existentes entre traço do desenho e traço da escrita, revela que a escrita tem uma função visual, nesse lugar limítrofe, margem que as artes visuais e a escrita confluem”, informa.
PARA PENSAR Andrea Lanna percebe a pintura, as instalações, a gravura, os clichês tipográficos, assim como os desenhos, como modos de pensar. Para ela, cada técnica torna-se portadora de suas próprias significações, com especificidades que direcionam os resultados, reafirmam a sua estrutura, instauram exigências autônomas.
Como sua proposta desta vez é lançar mão de desenhos, partiu da construção de corpos formados pela união de escritas de texturas diversas. “A letra e a figura apagam as oposições de nomear e mostrar, figurar e dizer, reproduzir e articular, imitar e significar.” Segundo ela, os trabalhos foram construídos por conceitos operatórios originados a partir das mais diversas vivências, na pesquisa do ateliê e na Escola de Belas Artes da UFMG.
DESENHO
Exposição da artista plástica Andrea Lanna. Abertura terça-feira, às 20h, na Galeria de Arte do Espaço Cultural da Cemig (Av. Barbacena 1.200, térreo, Santo Agostinho). Até dia 5 de julho, das 8h às 19h.
Há 31 anos, passou por experiência semelhante quando fez a primeira individual na galeria do Grupo Corpo. De alguma forma, a oportunidade de mostrar o resultado dos novos trabalhos, a partir desta terça-feira, na Galeria de Arte do Espaço Cultural da Cemig, estabelece conexões com aquele início. “Reinaugura um ciclo que tem a ver com o silêncio que o estudo provoca.”
A exposição materializa a pesquisa em obras inéditas, inspiradas em imagens clássicas do barroco mineiro, um conjunto de sete desenhos de 100cm x 70cm, elaborados com grafites, lápis de cor, esferográfica e sanguínea sobre papel canson. Em vez da linha, como elemento que dá forma para as ideias, lançou mão da letra como a forma final, como textura neutra em relação ao conteúdo, que, ordenadas, deram forma às figuras.
A intenção com as imagens é abrir acesso a outros campos da percepção. “O diálogo estabelecido entre imagem e palavra reata antigos vínculos existentes entre traço do desenho e traço da escrita, revela que a escrita tem uma função visual, nesse lugar limítrofe, margem que as artes visuais e a escrita confluem”, informa.
PARA PENSAR Andrea Lanna percebe a pintura, as instalações, a gravura, os clichês tipográficos, assim como os desenhos, como modos de pensar. Para ela, cada técnica torna-se portadora de suas próprias significações, com especificidades que direcionam os resultados, reafirmam a sua estrutura, instauram exigências autônomas.
Como sua proposta desta vez é lançar mão de desenhos, partiu da construção de corpos formados pela união de escritas de texturas diversas. “A letra e a figura apagam as oposições de nomear e mostrar, figurar e dizer, reproduzir e articular, imitar e significar.” Segundo ela, os trabalhos foram construídos por conceitos operatórios originados a partir das mais diversas vivências, na pesquisa do ateliê e na Escola de Belas Artes da UFMG.
DESENHO
Exposição da artista plástica Andrea Lanna. Abertura terça-feira, às 20h, na Galeria de Arte do Espaço Cultural da Cemig (Av. Barbacena 1.200, térreo, Santo Agostinho). Até dia 5 de julho, das 8h às 19h.