Em sua 22ª edição, Festival de Curitiba conta com 32 espetáculos nacionais e internacionais

Maior evento nacional de teatro segue de 26 de março a 7 de abril, na capital paranaense

por Agência Estado 31/01/2013 12:41

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Reprodução / festivaldecuritiba.com.br
(foto: Reprodução / festivaldecuritiba.com.br)
Uma coprodução com a Argentina, espetáculos que valorizam a dramaturgia nacional e a presença crescente da música na cena, além de criações marcadas pela fusão de linguagens e tecnologias. São essas, em linhas gerais, as propostas da programação da 22ª edição do Festival de Curitiba. Maior evento nacional das artes cênicas, o festival começa no dia 26 de março e se estende até o dia 7 de abril. A maior novidade deste ano fica por conta dos títulos que serão coproduzidos pelo próprio festival. Abre a grade o espetáculo argentino 'Homem vertente', uma parceria com o grupo argentino Ojalá - dissidência do conhecido coletivo Fuerza Bruta. Na mesma linha, foram concebidos especialmente para estrear na capital paranaense as montagens: 'Parlapatões revisitam Angeli' - criação do grupo Parlapatões sobre as tirinhas do cartunista - e 'Cine monstro versão 1.0', obra de Enrique Diaz a partir do texto do canadense Daniel MacIvor. Outro dado novo: após passar por Curitiba essas duas coproduções também serão vistas em São Paulo. "É um desafio que estamos propondo, ao proporcionar que espetáculos que não aconteceriam de outra maneira se realizem", disse o diretor do evento, Leandro Knopfholz. Segundo ele, o orçamento para a atual edição é de R$ 8 milhões, com recursos majoritariamente advindos de incentivo fiscal. Com 32 espetáculos selecionados - dentre eles 11 estreias nacionais - o programa anunciado para este ano não destoa da proposta da última edição: ressalta a dramaturgia brasileira contemporânea, lança olhar para as companhias estáveis que existem no país e tenta dar conta de novas tendências, trazendo experiências tecnológicas para a cena. Contudo, ainda que persista no mote do ano anterior e mantenha o mesmo time de curadores - Celso Curi, Thania Brandão e Lucia Camargo - as escolhas para 2013 parecem consideravelmente mais consistentes e instigantes. Saíram os grandes musicais de pendor comercial, antes sempre presentes. Entraram criações que não seguem a cartilha da Broadway, mas também trazem a música como linha condutora. Será o caso de 'A música e a cena', em que a cantora Cida Moreira, apresenta, acompanhada de orquestra, clássicos do teatro musicado e da ópera. Semelhante propósito pode ser visto em 'Pansori Brecht - Ukchuk-Ga', trabalho coreano em que uma cantora de rock encena uma particular e pouco convencional versão de 'Mãe coragem', de Bertolt Brecht. Entre as estreias prometidas, pode-se nutrir expectativa por 'Haicai', com dramaturgia de Roberto Alvim, e 'Hostess hotel', criação de Ana Kutner a partir do universo de Patti Smith. A função de vitrine do teatro brasileiro - prerrogativa sempre alardeada pelo Festival de Curitiba - também fica melhor equacionada desta vez. Belos trabalhos de 2012 foram selecionados: os paulistanos 'Recusa', da cia. Balagã e 'Ficção' da cia. Hiato. Do Rio, vem 'A marca d'água", da cia. Armazém de Teatro. Minas trará 'Prazer', da Cia. Luna Lunera, e 'O líquido tátil', do grupo Espanca. Outro destaque deve ser 'Esta criança' da curitibana Cia. Brasileira de Teatro. Sempre alvo de críticas, por sua desorganização e excessivo volume, o Fringe - programação paralela do evento - não sofreu mudança significativa, mas mereceu alguns cuidados. "Do caos provocado pelo excesso de peças do Fringe, surgiu a tendência de organizar alguns espetáculos em mostras. E isso tem dado resultado", observou o diretor do evento. Neste ano, será exibida uma mostra de sete espetáculos baianos, com curadoria do ator Wagner Moura. Também permanecem as já tradicionais mostras de grupos paranaenses e a compilação de espetáculos jovens de Minas Gerais, organizada pelo grupo Galpão.

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