Mesmo em clima de festa com Campanha de Teatro, categoria reclama da demora na recuperação de teatros da cidade

Rômulo Duque lamenta o Chico Nunes e o Clara Nunes continuarem fechados e Solanda Steckelberg anuncia programa da FCS

por Ailton Magioli 04/01/2013 08:02

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Sidney Lopes/EM/D. A Press
(foto: Sidney Lopes/EM/D. A Press)
 

A cerimônia de lançamento da 39ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, na manhã de ontem, no foyer do Palácio das Artes, trouxe à cena uma das principais preocupações da categoria no momento. “Hoje é uma data festiva, mas não dá para fechar os olhos a uma questão que se vem arrastando há anos: o fechamento dos teatros Francisco Nunes e Clara Nunes, carentes de obras”, disse Rômulo Duque, presidente do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc-MG). “A reabertura dos dois teatros é importante; agora, ter trabalho para a categoria também é muito importante”, ressaltou Magdalena Rodrigues, do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão de Minas Gerais (Sated-MG). Ao lado da presidente da Fundação Clóvis Salgado, Solanda Steckelberg, que representava a secretária de Estado da Cultura, Eliane Parreiras, e do assessor da presidência da Fundação Municipal de Cultura, Cássio Pinheiro, Rômulo e Magdalena saudaram artistas e produtores que, até 3 de março, serão responsáveis por atrair público aos teatros da capital.  A campanha, que também se estenderá a Juiz de Fora, Ipatinga e Araxá, além do Barreiro, em BH, acaba de ser encaminhada ao conselho do patrimônio cultural do município, para que seja transformada em patrimônio cultural imaterial de Belo Horizonte. Na oportunidade, Solanda Steckelberg também anunciou a volta do Programa de Incentivo às Artes Cênicas da Fundação Clóvis Salgado, no mês que vem, enquanto a categoria torce para o início das obras no Francisco Nunes (infraestrutura) e no Clara Nunes (acessibilidade). “A ausência de chuvas neste início de ano é uma oportunidade para iniciar as obras no Francisco Nunes já”, prega Rômulo Duque, preocupado, principalmente, com a situação do Clara Nunes, onde a falta de posicionamento da Imprensa Oficial, proprietária do teatro, deixa o presidente em alerta. “Até quando o Clara Nunes vai continuar simplesmente como um depósito?”, interrogava-se o produtor, lembrando que os teatros públicos de porte médio estão fechados desde 2007. ACORDO Enquanto a Secretaria de Estado da Cultura fechou parceria com a Unimed para restaurar o Francisco Nunes, o Clara Nunes vive expectativa de possível acordo da Imprensa Oficial com o Sesc para que a entidade assuma o espaço. “Infelizmente, o meio teatral padece de políticas claras de apoio às atividades artísticas profissionais”, constatou Magdalena Rodrigues, lembrando que o que é feito na cidade e no estado ainda é muito pontual. “Enquanto São Paulo investe R$ 18 milhões em programa municipal de teatro, o Cena Minas contabiliza apenas R$ 1 milhão para mais de 800 municípios do estado”, conclui a presidente do Sated-MG. Paralelamente, a categoria aguarda a aprovação pela Assembleia Legislativa das já anunciadas mudanças na lei estadual de incentivo à cultura.



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