Jane Fonda visita o Brasil para lançamento de livro

Atriz está em São Paulo para divulgar O Melhor Momento, do qual é autora

por Agência Estado 28/11/2012 13:12

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Francisco Cepeda/AgNews
(foto: Francisco Cepeda/AgNews)
Em algumas semanas - em 21 de dezembro -, Jane Fonda estará completando 75 anos. Ela é a primeira a admitir que não pensava viver tanto. "Minha mãe se matou aos 42 anos, minha família é marcada pela depressão (o pai e o irmão, Henry Fonda e Peter Fonda, são notórios depressivos). Não acreditei, anos atrás, que estava chegando aos 70. Estou viva, nunca fui mais feliz!" Jane Fonda é a prova de que o tempo também é uma construção mental. Veja mais fotos de Jane Fonda durante lançamento de seu livro Ela veio a São Paulo para falar de sua experiências - e lançar o livro O Melhor Momento - no Fórum da Longevidade. Em 1988, já esteve em São Paulo, participando do lançamento do filme Gringo Viejo, de Luiz Puenzo. O fórum discute temas como a economia na terceira idade, o consumo. Jane parece ter menos do que sua idade, mas assume os próprios limites. "Quando vim aqui da outra vez, corri no parque (Ibirapuera). Hoje, não consigo mais." Mesmo assim, está longe de ser uma velhinha. "O importante é se manter divertida e ativa." Sua melhor receita de beleza é a curiosidade. "É mais importante se manter interessada do que ser interessante", garante ela. Ninguém permanece número 1 para sempre - nem pessoas nem países. Por um bom período, uns 15 anos, ela se desinteressou do cinema. Voltou a fazer filmes que lhe dão prazer - como E Se Vivêssemos Todos Juntos?, em cartaz nos cinemas. O grande papel é na TV, na série Newsroom. Faz uma jornalista tipo Rupert Murdock. Admite que se inspirou no ex-marido favorito - Ted Turner. Conta que, na fase áurea, tinha um trailer gigantesco no set de filmagem. Agora, divide uma baia minúscula com algum outro integrante do elenco. Sua primeira reação foi de surpresa - "Deixei de ser importante", pensou consigo mesma. Não é verdade. Está convencida de que a TV, nos Estados Unidos, lida melhor com o mundo real. "Há um mito da eterna juventude em Hollywood. Se você quiser fazer algo que seja artística e socialmente relevante, na América, tem de ser na TV." Nunca quis ser mito sexual: "Era uma coisa que estava na cabeça dos outros". Isso a ajudou a envelhecer sem trauma. Em tudo o que diz e faz, Jane ressalta os aspectos positivos da longevidade. Mas ela sabe que há um lado bem diferente. "Sem dinheiro, com doenças graves, a velhice pode ser um fardo. Um inferno." Com planejamento, cuidado, garante que não há o que temer. "Acho que é o que estou fazendo. Aceno para o jovem e lhe digo que aqui (na minha idade) pode ser bom." Uma boa alimentação, caminhada, ginástica, tudo ajuda, mas nada é mais necessário do que a satisfação interior. "A gente só lamenta o que não faz. Não estou só falando de satisfação física. É importante dizer a quem você ama o sentimento que tem. Antes me guardava. Agora me derramo com minha filha", conta ela.

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