Companhias de todo o país preparam peças para a mostra Fringe, do Festival de Teatro de Curitiba

Grupos de destaque na cena brasileira fizeram do evento uma vitrine de sua arte

por Ailton Magioli 23/11/2012 09:41

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Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press
Grace Passô: festival permite mostrar trabalhos para a mídia nacional (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press)
Na reta final, com mais de 100 companhias de todo país já cadastradas, a mostra Fringe, do Festival de Teatro de Curitiba 2013, recebe inscrições até 9 de dezembro. Agendada para começar em 27 de março, a mostra tem início um dia depois da abertura oficial do festival, um dos mais importantes do país, que, no ano que vem, se estenderá de 26 de março a 7 de abril. “O único critério exigido é a profissionalização da companhia, além da disponibilidade de um espaço com as condições técnicas de que ela necessita”, afirma Ana Hupfer, coordenadora-executiva do Festival de Teatro de Curitiba. Três anos à frente do Fringe, mais três de festival, Ana repara que a mostra foi responsável por revelar ao país companhias como Espanca!, de Belo Horizonte, Sutil Cia., de São Paulo, e a Cia. Brasileira, de Curitiba, detentora do Prêmio Bravo 2012 de melhor espetáculo, com Isso que interessa? “Sempre recebemos bastante gente de Minas Gerais”, recorda Ana Hupfer, salientando o papel exercido pelo Fringe durante as 21 edições do Festival de Curitiba. “A mostra realmente é uma vitrine do que está ocorrendo no teatro brasileiro”, reforça, lembrando que a Espanca!, de Belo Horizonte, despontou em Curitiba com o aclamado Por Elise, em 2005. “A maior importância da mostra reside no fato de você ter a oportunidade de mostrar o trabalho para a mídia nacional”, diz Grace Passô, da Espanca!, admitindo ser “um trabalho gigantesco” para as companhias iniciantes a participação no Fringe. “Afinal, elas têm de tirar dinheiro do bolso para ir ao festival, o que resulta em um trabalho árduo”, acrescenta a integrante da companhia mineira. A possibilidade de mostrar o trabalho para críticos e programadores de todo o país, como ressalta Grace, acaba compensando. Segundo Ana Hupfer, para o ano que vem já são mais de 30 convidados, entre curadores de festivais, olheiros e programadores de teatro que estarão presentes no 22º Festival de Teatro de Curitiba. Depois da participação marcante no Fringe 2005, a Espanca! voltaria ao Festival de Curitiba no ano seguinte, como convidada da mostra oficial, na qual estreou Amores surdos. Com espetáculo novo, O líquido tátil, a companhia, que cumpre temporada no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) do Rio, com todo o seu repertório, estuda a possibilidade de voltar ao evento em 2013. Ano da Bahia  De acordo com a coordenadora-executiva do Festival de Curitiba, depois da presença, no ano passado, de Itália, Estados Unidos e Moçambique, este ano o festival deverá receber grupos da Colômbia, Peru, Chile, Espanha e Moçambique, que quer voltar. Celso Curi, Tânia Brandão e Lúcia Camargo são os curadores da mostra oficial de Curitiba, que tem como diretor-geral Leandro Knopfholz, um dos fundadores do festival. Sem curadoria específica, o Fringe, como lembra Ana Hupfer, é uma mostra democrática, aberta a todas as companhias interessadas em mostrar o seu trabalho. Depois de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e o próprio Paraná, em 2013 será a vez de a Bahia ter uma presença forte no evento. “Estamos preparando um programa especial para eles junto à Fundação Cultural do Estado da Bahia”, anuncia Ana. O regulamento oficial e o manual de inscrição do Fringe 2013 estão disponíveis aos interessados no site www.fringe.com.br.

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