Sérgio Vaz abre a mostra Passageiros transitórios, com duas séries de trabalhos

Obras fazem jogo entre passado e futuro, com algo quase imperceptível do agora

por Walter Sebastião 06/11/2012 10:13

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Sérgio Vaz/Divulgação
Sérgio Vaz diz que tem desenhos realistas que passam conflito íntimo ou sensação de movimento (foto: Sérgio Vaz/Divulgação)
Chama-se Passageiros transitórios a exposição de desenhos que Sérgio Vaz abre nesta terça-feira, às 20h, na Galeria Paulo Campos Guimarães da Biblioteca Pública. Ele mostra 20 obras realizadas entre 2011 e 2012. O título, avisa o artista, parece redundante, mas remete a duas séries de trabalhos que serão apresentadas. Uma com imagens de passageiros durante viagem de trem, pontuando relação com a paisagem; outra, também com figuras humanas, cujas poses e expressões se voltam para o transitório. O artista considera que suas obras são flashes sobre questões como chegada, partida, viver, presença e olhar. Esses trabalhos foram expostos no Museu de Arte de Goiânia (GO) e na Pinacoteca de Novo Hamburgo (RS). “Meu desenho é realista, mas o interesse é discutir o que está atrás dele: emoções e uma certa sensação de conflito íntimo, que captamos sem ter certeza”, afirma Sérgio Vaz. “É a investigação sobre relações entre tempo e imagens, indagação se o transitório somos nós ou as coisas”, acrescenta. Sérgio afirma que o instante é tema de seu trabalho. “Mal se vê, ele já passou”, afirma. Alguns desenhos se valem, inclusive, de imagens fora de foco (ou passando a ideia de movimento) exatamente para atingir tal objetivo. Em texto escrito para a exposição, o artista aponta em suas obras o jogo entre passado, futuro e “um quase imperceptível agora”. O ponto de partida foram fotos feitas em viagem de trem de Belo Horizonte a Vitória, realizadas para subsidiar o projeto desenvolvido na mostra. Sérgio Vaz é formado pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais. Entre os artistas que admira estão a inglesa Jenny Saville, pela potência de suas figuras; o mineiro Miguel Gontijo, por sua ironia; e Egon Schiele (1890-1905), pelo desenho.
Sérgio Vaz/Divulgação
(foto: Sérgio Vaz/Divulgação)
Esses artistas, afirma Sérgio, tratam de questões pelas quais ele se interessa: intensidade, memória e imagens que se voltam para dimensões psíquicas.

 

PASSAGEIROS TRANSITÓRIOS Exposição de Sérgio Vaz. Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães, Praça da Liberdade, 21, Funcionários, (31) 3269-1204. De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h; sábado, das 8h às 12h. Até dia 30.



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