Arnold Schwarzenegger lança autobiografia em Frankfurt

Total Recall narra altos e baixos da vida do ator e ex-governador da Califórnia

por Agência Estado 11/10/2012 15:42

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REUTERS/Ralph Orlowski
Astro apresenta seu livro durante a feira literária de Frankfurt, na Alemanha (foto: REUTERS/Ralph Orlowski )
Nem parecia que aquele homenzarrão, de cabelo já ralo mas ainda arrepiado, portando um anel com uma enorme caveira e um cinto com fivelão, tornou-se mundialmente famoso por representar, no cinema, justiceiros e bandidos de alto calibre - Arnold Schwarzenegger, em sua nova fase, está mais para "arnoldinho paz e amor". Foi a imagem que ele mesmo passou na concorrida coletiva de imprensa ocorrida nesta quarta em Frankfurt, onde foi apresentada sua autobiografia, Total Recall: My Unbelievably True Life Story (Total Recall: Minha Inacreditável Verdadeira História de Vida, em tradução livre), lançada na semana passada nos EUA e agora na Alemanha. "Tenho uma fundação que luta por um mundo mais justo e honesto, com o meio ambiente livre de ameaças", disse aquele que já foi o exterminador do futuro. "Quero, com a fundação, ensinar a prática de uma política mais justa, sem as intrigas que marcam as diferenças dos partidos Republicano e Democrata", continuou o ex-vingador do futuro. "Amo minha mulher (Maria Shriver) e tentei ser o mais honesto possível ao falar dela no livro", completou o ex-predador. O bom-mocismo foi adotado pelo ex-governador da Califórnia desde que a rede de fofocas na internet adiantou o que seria o ponto mais quente do livro: o relato sobre o filho que Schwarzenegger teve com sua empregada doméstica, a latina Mildred Baena - segundo levantamento do jornal americano USA Today, o ator dedica "menos de 1%" para comentar o que ele considerou seu "maior inconveniente". No livro, Schwarzenegger limita-se a contar que, quando a criança nasceu, Mildred a batizou de Joseph e registrou seu marido na época como o pai do garoto. "Isso foi o que eu quis acreditar durante anos", diz ele, na obra. Mas, com o passar do tempo, o menino ficava cada vez mais parecido com ele, algo que também chamou a atenção dos que estavam à sua volta. O segredo ficou guardado durante 14 anos e se tornou público em 2011, depois que Schwarzenegger terminou seu mandato político e confessou o fato à sua mulher, Maria Shriver, em uma sessão de terapia de casais. Conhecida por ser sobrinha do ex-presidente John F. Kennedy, Maria considerou a falta imperdoável a ponto de pedir o divórcio, também no ano passado. Isso acabou minando a reputação do falecido e deteriorado mandato de governador de Schwarzenegger, que deixou o poder em janeiro de 2011 com um baixo índice de popularidade, além de legar a seu sucessor uma Califórnia asfixiada por dívidas. No livro, Schwarzenegger lembra ainda momentos de pobreza passados em uma Áustria castigada pela crise após a 2.ª Guerra Mundial. Revela ainda como o fisiculturismo foi seu bilhete de entrada nos Estados Unidos, onde a ambição o transformou em um ícone de Hollywood em apenas dez anos. "Sempre tive sonhos impossíveis e, apesar do descrédito geral, nunca desisti", afirmou ele, num inegável tom de autoajuda.

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