Canções brasileiras estão em livro da editora Sextante

Coletânea 1001 Músicas para ouvir antes de morrer seleciona músicas fundamentais do século 20

por Agência Estado 31/08/2012 15:43

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Você colocaria Tem espaço na van, do Ed Motta, como uma das músicas fundamentais da nossa época? Ou Luz e blues, do Olodum? Ou Só tinha de ser com você, com Fernanda Porto? Bom, a editora Sextante lança em meados deste mês o livro 1001 Músicas para Ouvir Antes de Morrer, um volume que deve esquentar o debate musical por uns tempos nos trópicos. O livro é organizado pelo inglês Robert Dimery, mesmo coordenador de 1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer, publicado em 2007 pela mesma Sextante. Como naquele caso, não há nenhum crítico, especialista ou jornalista sul-americano da área da música entre os votantes da lista. A novidade desta nova seleção de Dimery é que ele, ao final das 1.001 canções, faz uma nova lista de 10.001 músicas fundamentais para que as pessoas baixem e ouçam. As canções mencionadas no início desta reportagem estão nessa categoria. Basta uma pequena chacoalhada que a seleção vai sendo questionada até por quem está nela. “Não me meto em escolha de ninguém; mas, pra contrariar, sugiro O Motobói e Maria Clara, do disco Tropicália Lixo Lógico (2012)” brincou Tom Zé, que teve Desafio (dele e de Gilberto Assis, do disco Jogos de Armar, 2003) selecionada. Na lista das 1.001 canções essenciais, os brasileiros são os clássicos: Jorge Benjor (Taj Mahal), Tom Jobim e Elis Regina (Águas de Março), Mutantes (Minha Menina), João Gilberto (The Girl from Ipanema, com Stan Getz) e Tom Jobim (Corcovado, com Frank Sinatra). Mas houve pelo menos uma zebra: Let’s Make Love and Listen to Death from Above, do grupo paulistano Cansei de Ser Sexy, está entre as escolhidas. “Pegue cinco mulheres bacanas, incluindo a exuberante cantora que veste collant, Lovefoxxx, e um homem com vários talentos e o que você tem? O sexteto brasileiro Cansei de Ser Sexy, cujo nome deriva de uma frase atribuída a Beyoncé”, escreve a londrina Olivia McLearon, escritora obcecada por Madonna. Entre as regras da seleção está a escolha de músicas que tenham letras (excluindo-se assim as instrumentais) e que abranjam boa parte do século 20. “Essas músicas mudaram o mundo”, defende o organizador, Robert Dimery, autor de diversos livros e colaborador de publicações como Time Out e Vogue. “A escolha se provou um trabalho hercúleo, com as listas sendo constantemente modificadas, músicas obscuras dando lugar a seleções mais populares, e vice-versa, e naturalmente, mais debates acalorados.” LIVRO: 1001 Músicas Para Ouvir Antes de Morrer Sextante Editora. 960 págs. R$ 59,90

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