Ode à tecnologia

22/08/2012 10:56

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Rodolfo Saraiva/divulgação
Laso Cia. de Dança leva a revolução tecnológica para o palco do Sesc Palladium (foto: Rodolfo Saraiva/divulgação )
Uma analogia sobre o boom tecnológico. É assim que Carlos Laerte, diretor e coreógrafo da Laso Cia. de Dança, descreve Cabeção de nego, atração desta quarta-feira, 22, no Sesc Palladium. O título se refere ao explosivo proibido que faz a festa da criançada no Rio de Janeiro.
 
“Essa bombinha faz muito barulho e reverbera uns 200 metros. Queremos dizer que ainda somos crianças neste mundo tecnológico”, explica o coreógrafo. Os sete bailarinos do grupo carioca buscam traduzir, por meio de movimentos corporais, as transformações que a sociedade atravessa.
 
Cabeção de nego começa com muita informação: em três telões, o público vê cenas variadas. A projeção da imagem de um bailarino sobre ele próprio abre a discussão sobre os limites entre o real e o virtual. “Não afirmamos nada. Só questionamos”, esclarece Carlos Laerte.
 
A coreografia aborda as conexões do mundo moderno de maneira evolutiva. Se no primeiro momento os movimentos são fracionados, pontudos e cortantes, à medida que a dança se desenrola eles ganham fluidez. Assim como ocorre com a tecnologia, algo que inicialmente gera repulsa logo se incorpora ao dia a dia. 
“A tecnologia faz parte do nosso cotidiano, é caminho sem volta. Nós a usamos em função da arte”, esclarece Carlos Laerte, referindo-se à trilha sonora.
 
Assinada por Luciano Salvador Bahia, a música foi composta praticamente on-line. “Filmava o ensaio e mandava para ele. Quando me retornava, salvava a canção no celular e ensaiávamos novamente”, explica Carlos Laerte. 
 
Criada em 2002 no Rio de Janeiro, a Laso traz uma característica peculiar: as coreografias misturam técnicas que extrapolam o universo da dança, recorrendo a elementos do cinema e do teatro. (CB)

CABEÇÃO DE NEGO
Grande Teatro do Sesc Palladium. 
Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. 
Hoje, às 20h. Entrada franca.


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