Morre Robert Hughes, crítico mordaz

O escritor australiano Roberto Hughes foi adversário ferrenho do pós-modernismo

08/08/2012 08:55

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
David Hancock/AFP
(foto: David Hancock/AFP)
O escritor e crítico de arte australiano Robert Hughes, autor de obras como O choque do novo e Goya, morreu aos 74 anos, em Nova York, na segunda-feira, depois de prolongada doença. Conhecido por suas tiradas ácidas e por sua crítica à arte moderna, Hughes começou a carreira como cartunista e mais tarde como crítico de arte em Sydney. Transferiu-se para a Europa e, na década de 1970, radicou-se em Nova York, onde atuou como crítico de arte da revista Time.
Andy Warhol foi um dos artistas mais atacados por Hughes, que o considerava o “Genet da pintura”. Estendeu sua crítica ainda a Jeff Koons e a Damien Hirst, chamados por ele de “recicladores da imagem que infestam a floresta de estilos, já miserável e decadente, do pós-modernismo”.
Também trabalhou na televisão, produzindo em 1980 uma série para a BBC sobre o desenvolvimento da arte moderna, chamada O choque do novo, e um livro homônimo que chamou a atenção por sua inteligência. Realizou documentários de TV sobre o pintor Francisco Goya e uma série, Visões da América, sobre a história da arte nos EUA. Mas a obra que o tornou mais famoso foi The fatal shore (A costa fatal), de 1987, estudo sobre os primórdios da colonização australiana e suas origens, como a colônia penal da Grã-Bretanha, que se tornou um best-seller internacional.


MAIS SOBRE E-MAIS