Integrantes do conselho editorial da Revista de História da Biblioteca Nacional pedem demissão

Motivo alegado foi discordância da gestão do presidente da Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional

12/06/2012 08:07

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Crise na Revista de História da Biblioteca Nacional. Os 10 integrantes do conselho editorial da publicação pediram demissão em razão da discordância da gestão do presidente da Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin), Jean-Louis de Lacerda Soares, que gere os recursos que permitem publicar a revista. De acordo com os conselheiros demissionários, o presidente da Sabin “arrogou-se o direito de demitir e contratar o editor e de vetar nomes para o conselho”. 
 
O conselho era formado por nomes de ponta da área de história, como os membros da Academia Brasileira de Letras Alberto da Costa e Silva e José Murilo de Carvalho; Lília Moritz Schwarcz e Laura de Melo e Souza, professoras da USP; Ronaldo Vainfas, professor da Universidade Federal Fluminense; e Caio Boschi, professor da PUC Minas, entre outros. 
 
No documento que formaliza a demissão, encaminhado ao presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, os conselheiros afirmam que não aceitam a “subordinação que lhes tira a autonomia necessária para dirigir uma revista séria e de qualidade”. 
A carta registra ainda: “Por sete anos, sem remuneração, em reuniões mensais com uma redação dedicada, levamos a mais de 100 mil leitores a melhor revista de divulgação de história, dirigida por historiadores, jamais feita no Brasil e que nada fica a dever a suas congêneres no exterior”. 
 
A demissão do conselho coroa um processo de desgaste com a presidência da Sabin, que teve início com a demissão do jornalista Celso de Castro Barbosa depois de divergências públicas em torno da publicação de resenha do livro A privataria tucana, de Amaury Ribeiro Jr. Mobilização de setores ligados ao PSDB levou ainda à demissão do editor Luciano Figueiredo. 
 
“Os esforços do presidente da Fundação Biblioteca Nacional, dr. Galeno Amorim, no sentido de encontrar uma solução, resguardando ao mesmo tempo o papel da Biblioteca Nacional na escolha dos conselheiros e a prerrogativa do conselho de escolher o editor, chocaram-se sistematicamente com a intransigência do presidente da Sabin”, conclui a carta de renúncia.


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