Fotógrafo francês Alain Dhomé mostra registros de expedições pelo Rio São Francisco em mostra

Exposição tem abertura nesta terça-feira, na Fundação Zoobotânica

por Sérgio Rodrigo Reis 28/05/2012 11:03

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Alain Dhomé/Divulgação
As fotos mostradas por Alain Dhomé na Pampulha depois integrarão livro sobre o Velho Chico (foto: Alain Dhomé/Divulgação)
O que mais impressionou o fotógrafo francês Alain Dhomé nas inúmeras viagens pelo Rio São Francisco foi o amor do povo ribeirinho pelo rio. Desde 1998 no país, o artista, que também tem cidadania brasileira, assim como aquela comunidade apaixonou-se pela situação retratada nas imagens. A exposição que ele abre nesta terça-feira, na Fundação Zoobotânica, na Pampulha, nas dependências do aquário que reproduz aquele bioma, é exemplo da relação intensa com aquela realidade. Na mostra serão apresentadas 40 imagens, num universo de milhares retiradas nas expedições pelo Rio São Francisco. O olhar estrangeiro de Alain Dhomé, como não estava acostumado com aquela realidade, oferece pontos de vista curiosos sobre a paisagem, bastante retratada por outros fotógrafos. As imagens são dos personagens, da paisagem e da história que encontrou ao longo do curso d’água do Velho Chico, que se estende por cinco estados: Minas, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Tiradas entre 1999 a 2003, as fotos foram inicialmente exibidas em 2001, no Congresso Nacional, em Brasília. Depois também foram levadas para a França e a Colômbia. A intenção do projeto, desde o início, foi apresentar a riqueza natural e cultural que surge a partir desse importante curso d’água e fazer um apelo para a conservação de um dos maiores símbolos do Brasil. “É muito engraçado ver dois ou três veios de água nascendo e, na foz, olhar para o rio inteiro”, conta. O impacto da realidade encontrada ao longo do caminho também o impressionou, positiva e negativamente. “Não gostei de ver os peixes apodrecendo na beira do rio nem tampouco do lixo”, diz. As fotos, no formato 60cm x 90cm, trazem o percurso da foz, na divisa de Alagoas com Sergipe, até a nascente, na Serra da Canastra, em Minas. “Há 15 anos moro aqui. Quero colocar minha pedrinha cultural no Brasil. A exposição e o catálogo reunindo as imagens são parte desse projeto. Pretendo agora transformar o acervo de 5 mil fotos que tenho num livro trilingue”, adianta. A publicação sobre o Velho Chico, com textos de estudiosos sobre o assunto, está, atualmente, em fase de captação de patrocínio. Viagem pelo Rio São Francisco Exposição de Alain Dhomé. Desta terça a a 24 de junho, de terça a domingo, das 8h30 às 16h, no Aquário da Bacia do Rio São Francisco da Fundação Zoobotânica, Avenida Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha. Para a visitação, é necessário pagar a entrada do aquário: R$ 5 (crianças com até 7 anos, maiores de 60 anos, estudantes de escolas públicas e entidades filantrópicas não pagam).

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