Adeus ao diretor americano Sam Shepard

Shepard, que também era ator e dramaturgo faleceu ontem aos aos 73 anos. Ele marcou a história do cinema como uma das vozes mais originais de sua geração

François Guillot/AFP - 19/5/05
(foto: François Guillot/AFP - 19/5/05 )
O ator, dramaturgo e diretor norte-americano Sam Shepard, de 73 anos, morreu na quinta-feira em casa, no Kentucky, por complicações decorrentes da esclerose amiotrófica lateral (ELA). O anúncio foi feito ontem por um porta-voz da família ao jornal The New York Times. Shepard deixou três filhos: Jesse, Hannah e Samuel – os dois últimos do relacionamento de quase três décadas com a atriz Jessica Lange.

Sheppard foi uma das vozes mais originais da sua geração, especialmente por retratar o lado mais obscuro da família americana e dos problemas de identidade de casais, irmãos e amantes.

Autor de 50 peças, ele ganhou o Prêmio Pulitzer, em 1979, pelo drama Buried child. Foi indicado outras duas vezes por True west e Louco de amor. Em 1985, esse último foi adaptado para o cinema pelo diretor Robert Altman. O próprio Shepard protagonizou o filme.

ATOR Como ator, sua carreira decolou a partir de 1983, quando já passava dos 40 anos. Interpretou um dos astronautas de Os eleitos – Onde o futuro começa, dirigido por Philip Kaufman. A atuação rendeu a Shepard a indicação ao Oscar de ator coadjuvante.

O ator  participou de meia centena de produções, entre elas O homem da máfia, Jogo de poder, Falcão Negro em perigo e O Dossiê Pelicano. Mesmo atuando, nunca deixou de escrever. Entre seus roteiros mais conhecidos estão Zabriskie Point, para o filme de Michelangelo Antonioni, e Paris, Texas, para o longa dirigido por Wim Wenders.

Seus últimos papéis foram na série Bloodline, da Netflix (2015), e no thriller Never here, de Camille Thoman, apresentado em junho no Festival de Cinema de Los Angeles.

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