Singular, 'Redemoinho' retrata gente comum

Com Irandhir Santos, Júlio Andrade, Dira Paes e Cássia Kis, o filme é dirigido por Luiz Villamarim

por Mariana Peixoto 09/02/2017 08:24
Walter Carvalho/Divulgação
Irandhir Santos e Cássia Kis em cena de Redemoinho, de José Luiz Villamarim, que estreia quinta, 5 de fevereiro, nos cinemas (foto: Walter Carvalho/Divulgação)

O elenco principal de Redemoinho – Irandhir Santos, Júlio Andrade, Dira Paes e Cássia Kis – já atuou nas séries dirigidas por José Luiz Villamarim para a Globo. Das quatro produções mais recentes do diretor – Amores roubados, O rebu (ambos de 2014), Justiça e Nada será como antes (ambos de 2016) –, justamente aquelas que o colocaram como um dos nomes fortes da teledramaturgia nacional, Cássia Kis só não participou do drama policial exibido no ano passado. Isso porque estava 'em outro trabalho', explica a atriz.

 'O Zé gosta de ator, então a nossa relação começa por aí. E é bonito como ele chega no set e se relaciona com a equipe... E falo não só dos atores, mas de todo mundo. Ele acaba imprimindo isso nos trabalhos', comenta Cássia, que interpreta Marta, mãe de Gildo (Júlio Andrade) no longa que estreia hoje nos cinemas. Para viver a personagem, Cássia Kis fez tudo o que lhe foi sugerido. Inclusive acabar com os cabelos. 'Ele (Villamarim) me pediu que estragasse mesmo. Cheguei a lavá-los com detergente”, conta ela, que se refere a Redemoinho como uma história “que fala sobre gente a quem não se dá muita atenção. Gente simples, sem glamour, que tem que tocar a vida todos os dias e seguir em frente.'



A atriz leu O mundo inimigo: inferno provisório vol. II, livro de Luiz Ruffato que inspirou o filme, simultaneamente ao roteiro de George Moura. 'Foi muito interessante. Além do mais, depois que você está com o autor, conversa com ele, entra na obra de uma outra maneira. Ninguém escreve o que o Ruffato escreve', elogia Cássia.

Para ela, Redemoinho é um filme corajoso. 'Não tem tiroteio, histórias de amor, bundas, pernas, gente bonita. É uma história de quem vem de origem simples, e sei bem o que é isso. Sou de Caetano do Sul (interior de São Paulo), nasci num cortiço. Quero dizer com isso é que o Zé poderia ter feito outras escolhas para estrear no cinema. Ele começou a pensar neste projeto há 14 anos. Ou seja, a história foi amadurecendo na cabeça dele. É um dos filmes mais incríveis que vi na vida. Fundamental', conclui.

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