Woody Allen não faz filme sobre o Rio de Janeiro porque nunca esteve no Brasil

Em Cannes, cineasta explicou que escreve longas inspirado por memórias de cada viagem

por AFP 15/05/2015 20:25

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
AFP PHOTO / VALERY HACHE
(foto: AFP PHOTO / VALERY HACHE )
Alguém convida o Woody Allen para visitar o Rio de Janeiro, por favor!
O cineasta americano Woody Allen nunca filmou no Rio de Janeiro porque nunca esteve na cidade carioca, nem no Brasil, garantiu nesta sexta-feira, 15, em Cannes, após apresentar seu último trabalho 'Irrational man' ('O homem irracional') no Festival de Cannes.

A escolha de algumas cidades europeias, como Barcelona ('Vicky Cristina Barcelona'), Roma ('Para Roma com amor'), Londres ('Match Point') e Paris ('Meia-noite em Paris'), para suas produções aconteceu porque, ao escrever o roteiro, podia imaginar a cidade em que iria rodar. Mas isso não pode acontecer com o Rio, já que o diretor jamais esteve na cidade, nem no Brasil.

No momento, parece que a Espanha é seu país predileto para viver, por seu "romanticismo", sentido nas alusões feitas em seu último filme tragicômico, que lança mão da filosofía para tentar explicar a complexidade da mente humana e suas estranhas e inexplicáveis decisões que podem transformar tragicamente a existência.

'The lobster'
O cineasta grego Yorgos Lanthimos apresentou nesta sexta-feira, em Cannes, seu filme 'The Lobster', uma fábula amarga e perturbadora sobre a solidão, o casal e o amor, filmada em inglês com as estrelas internacionais Colin Farrell, Rachel Weisz e Léa Seydoux, que aspira a Palma de Ouro.

Muito aplaudida na apresentação, o filme se passa em um futuro próximo, onde os solteiros são trancados em um hotel. Eles têm 45 dias para encontrar sua cara-metade, caso não queiram se transformar em um animal de sua escolha que será liberado no bosque.

Tombuctú
O mauritano Abderrahmane Sissako, diretor de "Tombuctú", que ganhou 7 prêmios César, o Oscar do cinema francês, recebeu nesta sexta-feira o Prêmio France Culture 2015 pelo conjunto da obra. Sissako está em Cannes como presidente do jurado da Cinefundação e de curta-metragens. A ministra da Cultura francesa lhe outorgou a Ordem das Artes e Letras. "Em seu cinema diferente, poético e luminoso, a beleza é a última defesa contra o obscurantismo", disse Fleur Pellerin.

As críticas
O terceiro filme em competição no Festival de Cannes, "O filho de Saúl", do húngaro Laszlo Neme, uma história impactante sobre Shoah, foi bem recebido pela crítica e é considerado um forte candidato à Palma de Ouro.

Embora ainda tenha muito festival pela frente, outros apontam "Tale of Tales" (O conto dos contos), do italiano Matteo Garrone, com a atriz mexicana Salma Hayek como protagonista.

MAIS SOBRE CINEMA