É o segundo longa da carreira de Álvaro Brenchner, diretor de 39 anos. Ele estreou em 2009 com o elogiado 'Mau dia para pescar'. Do universo da luta livre passa a explorar, agora, as dificuldades de um aposentado em aceitar sua nova condição. Na trama, Jacobo Kaplan (Héctor Noguera) resolve preencher a rotina com uma investigação por conta própria sobre o passado de um ex-nazista que vive em sua pacata cidade. Pelo viés do humor, o longa fala sobre as contradições de uma sociedade que amadurece sem se preparar para o envelhecimento.
Depois dele, também se destacaram 'La vida útil' (2010), de Federico Veiroj, 'Norberto apenas tarde' (2010), do ator e diretor Daniel Hendler, '3' (2012), também dirigido por Stoll, 'Tanta água' (2013), de Ana Guevara Pose e Leticia Jorge Romero. Entre as coproduções com o Brasil estão 'O banheiro do papa' (2007), de César Charlone (fotógrafo de Fernando Meirelles em 'Cidade de Deus', 'O jardineiro fiel' e 'Ensaio sobre a cegueira') e 'Além da estrada' (2010), road movie dirigido pelo brasileiro Charly Braun. É um cinema independente focado em temas humanos e universais. Filmes que ganham projeção por contar boas histórias, mas de maneira simples.
Assista ao trailer de 'Mr. Kaplan':
POINT
O Cine Belas Artes anda fazendo as vezes de point do cinema de língua não inglesa. Além de 'Mr. Kaplan', continuam em cartaz nas salas da Rua Gonçalves Dias longas como o polonês 'Ida', vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, e 'Dois dias, uma noite', dos irmãos Jean Pierre e Luc Dardenne. Além disso, tem o badalado argentino 'Relatos selvagens', de Damián Szifron. O longa está em cartaz desde 23 de outubro, caso raro para o limitado circuito alternativo de BH.