Jeremy Irvine e Jonathan Rhys Meyers vivem romance gay em filme sobre a revolta de Stonewall

Rebelião que impulsionou militância LGBT nos EUA é tema de longa que já teve produção iniciada

por Bossuet Alvim 03/06/2014 20:26

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REUTERS/Fred Prouser/Danny Moloshok
Atores britânicos dão vida a relação em meio ao conflito popular que fez história nos EUA (foto: REUTERS/Fred Prouser/Danny Moloshok)
O inglês Jeremy Irvine ('Cavalo de guerra') será protagonista de 'Stonewall', longa sobre o conflito que impulsionou a militância por direitos civis de gays e transgêneros nos EUA a partir da década de 1970. O início da produção foi anunciado nesta terça-feira, 3, pelo site Deadline, que também relacionou o irlandês Jonathan Rhys Meyers ('The Tudors', 'Match point') e o veterano norte-americano Ron Perlman ('Hellboy') como membros confirmados do elenco.

 

No longa, o jovem Danny Winters (Irvine) muda-se para Nova York após ser expulso de casa, em meio à efervescência cultural na megalópole ao fim dos anos 1960. Sem teto ou fonte de renda, o personagem cria vínculos com um grupo de adolescentes que lhe apresentam o Stonewall Inn, casa noturna dirigida pela máfia. Abrigo para homossexuais, travestis e outros grupos socialmente rejeitados à época, o bar foi cenário para a explosão da cultura gay como plataforma de combate à repressão.

 

Em meio aos shows de drag queens, o protagonista se envolve com o personagem de Meyers, ao mesmo tempo em que desperta a inimizade do gerente da casa, interpretado por Perlman. As relações entre os três se desenvolvem até coincidirem com o incidente verídico conhecido como a Rebelião de Stonewall. Produzido e dirigido por Roland Emmerich ('Independence day'), 'Stonewall' tem estreia prevista ainda para este ano.

 

AFP PHOTO/Stan Honda
Passados 45 anos desde a rebelião, Stonewall ainda é um marco em Nova York; bar foi declarado patrimônio histórico nacional dos Estados Unidos em 1999 (foto: AFP PHOTO/Stan Honda)
A rebelião

Na madrugada de 28 de junho de 1969, policiais invadiram o estabelecimento em Nova York, em uma suposta operação de controle à venda irregular de álcool, e dispuseram-se a prender as pessoas que estivessem vestidas com roupas do sexo oposto. À medida em que os oficiais liberavam clientes que não seriam levados à delegacia, uma multidão estimada entre 100 e 150 pessoas reuniu-se à frente do bar, dando início a uma revolta popular contra o abuso de autoridade. Supostas agressões da polícia contra os detidos agravaram a situação, e a fachada do Stonewall serviu de palco para o primeiro confronto aberto entre a comunidade LGBT e as autoridades da cidade.

 

Considerada um marco na história da luta contra a descriminação, a rebelião serviu de base para a consolidação dos grupos de militância por direitos civis nos EUA. Em 2013, o presidente Barack Obama mencionou a luta por igualdade dos manifestantes em discurso. O bar e suas imediações foram declarados patrimônio histórico nacional em 1999. Nos cinemas, os acontecimentos já foram revividos em pelo menos três documentários e uma comédia de 1995, que leva o mesmo nome do estabelecimento.



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