Segundo de Chomón foi um diretor espanhol especialista em truques, atuante nos primórdios do cinema. Para ele, a trucagem fotográfica era o meio de expressão e a ferramenta de que se valia para construir imagens não só fantasiosas e delirantes, mas também capazes de tornar a narrativa cinematográfica mais “realista” e verossímil. Vista em seu conjunto, a obra do diretor compõe o que se poderia chamar de uma poética do truque, cultivada ainda por outros cineastas ao longo da história, interessados em explorar as fronteiras tecnológicas do aparato cinematográfico. A palestra do professor Paulo Roberto Barbosa recupera a trajetória desse pouco conhecido realizador, examinando a abertura promovida pelo seu fazer cinematográfico identificado com a fantasia e com o experimentalismo.

Paulo Barbosa é doutor e mestre em artes visuais (cinema) pela Escola de Belas Artes da UFMG, tendo se graduado em artes plásticas pela mesma escola. Atualmente, leciona a disciplina história do cinema em cursos de pós-graduação do Centro Universitário Una. Trabalha também como ilustrador e cartunista para diferentes periódicos de Belo Horizonte. E tem artigos publicados em congressos e revistas acadêmicas, no Brasil e no exterior.