Curtas mineiros marcam presença na Mostra de Cinema de Tiradentes

Dos 98 trabalhos este ano, 25 são filmes produzidos em Minas Gerais

por Estado de Minas 12/01/2014 00:13

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Fábio Nascimento/Divulgação
Curta Nossa Pintura, de Fábio Nascimento, se aproxima da cultura indígena de forma direta e sem clichês (foto: Fábio Nascimento/Divulgação )

A programação de curtas-metragens da Mostra de Cinema de Tiradentes terá 98 trabalhos este ano. Destes, 25 são filmes produzidos em Minas Gerais. O cinema assinado por novos diretores do interior do estado também mostra a cara em Tiradentes. Natural de Ipatinga, ex-aluno da Universidade Federal de Juiz de Fora, com formação na França, Fábio Nascimento mostrará 'Nossa pintura', dirigido em parceria com Thiago Oliveira, na competitiva Foco. Rodado no Sul do Pará, o filme de 24 minutos mostra a tradição da pintura dos corpos dos índios mebêngôkre-kayapó.

Pela segunda vez entre os selecionados para Tiradentes, Fábio, atualmente radicado em São Paulo, acredita que as diferenças de produzir cinema na capital ou no interior são cada vez menores. “Comecei trabalhando quando estava no interior. Isso não seria uma peculiaridade, porque não é um mercado muito fácil”, diz. Para Fábio, Nossa pintura é uma tentativa de filmar o povo indígena sem clichês. “A gente tentou de alguma maneira documentar como qualquer pessoa”, explica.

Mineiro de Cruzeiro da Fortaleza, mas radicado em Uberlândia, Cássio Pereira dos Santos terá seu quinto trabalho, Marina não vai à praia, exibido em Tiradentes. Ele, que já morou em Brasília, é realizador resistente no interior de Minas. “Quando voltei para o interior, já tinha algumas portas abertas em diversas cidades, por já ter trabalhado com audiovisual por alguns anos. Mas na hora de filmar as coisas se complicam um pouco, porque a logística fica mais cara e complicada, pois há longos deslocamentos de equipamento e equipe”, conta.

O negócio de Cássio é essencial: contar uma história simples. “No meu primeiro curta, que passou em Tiradentes nove anos atrás, lembro que a primeira conversa que tive com o fotógrafo foi que não usaríamos plano e contraplano, porque achava isso muito careta, com cara de televisão. Neste novo projeto trabalhei com o mesmo fotógrafo, meu amigo Leonardo Feliciano, e o que o filme mais tem é plano e contraplano. Esse negócio de pesquisa de linguagem às vezes vira um tédio e aí dá uma vontade de contar uma história simples, sem ficar preocupado com inovação”, completa. (CB)

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