Caubói Zorro e o índio Tonto ganham as telas contemporâneas em 'O cavaleiro solitário'

Filme com Johnny Deep estreia nesta sexta-feira nos cinemas de Belo Horizonte

por Walter Sebastião 12/07/2013 06:00

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Disney/Divulgação
Johnny Depp é Tonto e Armie Hammer interpreta o advogado John Reid (foto: Disney/Divulgação)
Dois famosos heróis do faroeste – o caubói Zorro e o índio Tonto – ganham as telas contemporâneas com 'O cavaleiro solitário', de Gore Verbinski. O filme mostra o início da parceria entre os dois personagens. John Reid (Armie Hammer), um advogado certinho, disposto a fazer cumprir a lei, julgar e condenar bandidos. Ao voltar para sua cidade natal, é atacado por Butch Cavendish (William Fichtner), um vilão selvagem que aterroriza o lugar. Tonto (Johnny Depp) passa a ajudar John, acreditando que o advogado foi escolhido por um mensageiro espiritual para lutar pelo bem.

Veja mais fotos do filme

Confira os horários das sessões


Estão no filme todos os ícones associados ao Zorro (o cavalo Silver, as perseguições acrobáticas, a fama de homem que não gosta de matar...). Assim como o ambiente que fez a glória dele: o Texas (EUA) do fim do século 19, onde se luta com armas por terras, riquezas minerais, poder político e espiritual. Saborosa é a extensa e expressiva galeria com gente com cara de mau, de bom, de bravo, de pilantra etc., em filme cuja caracterização dos personagens é ótima. O melhor é a fotografia, responsável por imagens muito bonitas. A exploração de colorido saturado às vezes remete a filmes antigos e álbuns de figurinhas.

Tudo visualmente potente, mas a sensação, ao fim, é de que se assistiu a trechos de vários filmes. Nenhum deles convincente. O inicial é a fantasia com o garoto que vê os ídolos ganharem vida e contarem uma história para ele. O segundo, uma comédia com dois patetas. O terceiro, um faroeste épico, mostrando o quão bizarra, cruel e amoral pode ser a colonização de um território no fim do século 19. O quarto, um terrorzinho light, confronto entre um xerife racionalista, com jeitão de super-homem, e um bandido canibal, parecido com Freddy Kruger.

A coexistência de todos esses “filmes” revela mais um mérito: a montagem. Que, milagrosamente, consegue ordenar, harmoniosamente, o acúmulo de intenções e de mudanças de tom, do início ao fim do filme. Mas que não consegue impedir que a rarefeita trama acabe pulverizada. Ou que se torne evidente o quanto as “soluções” dos “dramas” soam desinteressantes, óbvias, incapazes de envolver o espectador. A trilha, que no início ajuda no clima, depois esvazia-se pela insistência nos mesmos timbres e temas.

Assista ao trailer do filme:

MAIS SOBRE CINEMA