Guilermo Del Toro homenageia monstros japoneses em 'Círculo de Fogo'

Diretor mexicano comanda superprodução inspirada em confrontos fantásticos do oriente

por Estado de Minas 10/07/2013 00:13

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 RONALDO SCHEMIDT/AFP
O diretor mexicano Guillermo del Toro, de 'O labirinto do fauno', vai lançar 'Círculo de fogo' (foto: RONALDO SCHEMIDT/AFP)
O cineasta mexicano Guillermo del Toro dá vida aos seres imaginários de seus sonhos em 'Círculo de fogo' ('Pacific rim'), superprodução de Hollywood em que retrata a guerra titânica entre robôs gigantes teleguiados e monstros saídos das profundezas do oceano. "Os monstros são minha obsessão. Há pessoas que se iluminam quando falamos sobre seus cachorros ou gatinhos, fico feliz quando ouço sobre monstros", afirma del Toro.

De fato, em 'Círculo de fogo', o cineasta mexicano pôde dar liberdade à sua paixão por criaturas sobrenaturais, já presentes em 'Cronos' (1993), 'Mutação' (1997), 'A espinha do diabo' (2001), os dois 'Hellboy' (2004 e 2008) e sua obra-prima, 'O labirinto do fauno' (2006). Essa longa experiência como cineasta e produtor foi muito útil para navegar em seu primeiro filme hollywoodiano, no qual os efeitos especiais têm papel de destaque. "Sempre fui um cineasta com forte inclinação técnica, quer em termos de maquiagem, de animação ou efeitos especiais. Então, não me senti perdido no aspecto técnico do filme", garantiu. "Fazer um filme desta magnitude é, acima de tudo, uma questão de disciplina, trabalho e energia."

O filme conta como a humanidade, em um futuro próximo, precisou criar robôs gigantes, pilotados por dois seres humanos com seus cérebros interligados, para lutar contra criaturas terríveis surgidas das profundezas do Oceano Pacífico. Enquanto as grandes potências mundiais querem colocar esses robôs para construir um gigantesco muro de proteção, dois pilotos – interpretados pelo britânico Charlie Hunnam e pelo japonês Rinko Kikuchi – vão tentar provar que os robôs são a melhor arma.

Como de costume, o cineasta criou imagens muito fortes, como a de um robô colossal explodindo em uma praia, ou a de um monstro perseguindo uma criança vestida de bailarina pelas ruas devastadas de uma megalópole. Del Toro presta homenagem aos filmes japoneses de "kaijus" – filmes de monstros, incluindo o famoso Godzilla – que marcaram a sua infância. "Espero que o público jovem e familiar veja o filme. Seria muito bom poder criar uma nova geração de fãs do gênero", disse.

A criação gráfica dos robôs – jaegers – e dos "kaijus" foi um momento especial para o diretor, que cumpriu com a tradição, especialmente quanto aos monstros: "A tipologia dos kaijus é muito rigorosa: há o inseto, o crustáceo, o réptil. Optei por usar alguns. Tem um que parece um caranguejo muito bem elaborado e outros que são claramente répteis".

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