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Voltando à matriz da serenidade, num assunto espinhoso — a exemplo do que fez com a atração entre dois cowboys, ícones da cultura norte-americana —, Lee optou pelo mesmo tom, ao fazer interseção entre crenças cristãs, muçulmanas e outras linhas de espiritualidade. “Esse filme é realmente internacional”, disse na ocasião de agradecimento à Academia. Já, nos bastidores da festa, ele complementou: “A gramática do cinema está muito estabelecida nos Estados Unidos. Aqui há sofisticação, e o cinema, pra mim, é basicamente visão e som, além da capacidade de superação”.
Na mescla de valores religiosos e filosóficos, 'As aventuras de Pi' — em meio a filmes violentos como 'Django livre', 'A hora mais escura' e 'Argo' (cheio de tensão psicológica) — conseguiu o feito de ótima performance: levou também prêmios de trilha sonora, direção de fotografia e efeitos visuais. Baseado em escritos de Yann Martel, com formação francófona, a produção teve locações em Taiwan, na Índia e no Canadá. O caráter de fusão cultural foi igualmente comentado pelo diretor, nos bastidores. “É como se uma cultura estivesse de um lado do cérebro e a outra, no oposto. Você pode usar os dois lados, e isso é uma vantagem”, explicou.
Assista ao trailer de 'As aventuras de Pi':