Ignorado pela Academia, Ben Afleck arrebata estatuetas em outras premiações

Ator teve seu desempenho como diretor em 'Argo' aclamado pela crítica cinematográfica

por Gracie Santos 12/02/2013 12:37

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Warner Bros / Divulgação
Ben Affleck faturou mais prêmios para a coleção de Argo: Bafta de filme, diretor e edição (foto: Warner Bros / Divulgação)
Ben Affleck nem precisa esperar a cerimônia do Oscar, no dia 24, para comemorar. Dizem que o moço andava tristinho por não concorrer como diretor e ator pela Academia de Hollywood. Não deve estar mais. Afinal, anda arrebanhando as premiações que tem encontrado pelo caminho, caso do Globo de Ouro de diretor e de filme; e de filme da American Film Institute (AFI), só para citar alguns. A lista é grande (quem quiser pode conferir no imdb.com). A premiação mais recente é inglesa. Affleck ganhou o troféu de filme, diretor e de edição da British Academy of Film and Television Arts, o Bafta, ou “Oscar britânico”, que tem fama de ser rígido em suas análises.


Não é para menos, Argo é simplesmente incrível, filme de roteiro impecável, trama de tirar o fôlego e boas atuações (a de Aflfleck inclusive). Verdade que quando o filme termina fica aquela sensação ruim e uma certa culpa de ter perdido tempo e fôlego torcendo para seis americanos se salvarem da violência iraniana quando, historicamente, milhões e milhões de pessoas morrem na explosiva região.

 

O que há de se fazer se o cara sabe fazer cinema e tem Clooney (outro bamba) por trás (na produção)? Vale a pena assistir, mas é bom que se saiba que Argo é filme de americano para inflar ainda mais o ego da “poderosa América”. É também obra para enaltecer o “excelente” trabalho da (modesta) CIA. Mas é bom cinema e ponto. Fato é também que o thriller político de Affleck sobre o resgate de diplomatas norte-americanos em Teerã, pouco depois da Revolução Iraniana, vem se tornando favorito ao Oscar (teve seis indicações além da de filme).


Boas surpresas da Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão foram os prêmios de filme em língua estrangeira e atriz para Amor e de atriz para veterana Emmanuellle Riva. Na maior premiação dos ingleses, criada em 1947 (eles têm cinco anuais e o Bafta é a mais importante), o prêmio de filme da terra ficou com o fraquinho 007 – Operação Skyfall, que faturou ainda o prêmio de trilha sonora original para Thomas Newman. Incrivelmente superior, o outro filme inglês, Os miseráveis, ficou com o troféu de atriz coadjuvante (Anne Hathaway), além dos (merecidos) técnicos de som, maquiagem e design de produção.


O prêmio de ator não trouxe surpresas, foi para Daniel Day-Lewis, por Lincoln. O mesmo vale para Christoph Waltz, que faturou o troféu de ator coadjuvante por Django livre (aliás, o filme de Tarantino ganhou o troféu de roteiro original. Já o de roteiro adaptado ficou com O lado bom da vida). A premiação de ator revelação foi dada a Juno Temple, e As aventuras de Pi, de Ang Lee, levou apenas prêmios técnicos de efeitos visuais e fotografia. Valente foi a animação premiada e Anna Karenina ganhou prêmio de figurino.



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